domingo, 23 de julho de 2023

Da escola para a vida



Quem poderia imaginar que caminhos que se cruzaram inocentemente lá nas salas de aula da infância tornariam a se encontrar, num dia das crianças, para um saudoso abraço, depois de mais de 40 anos?

Foi assim o nosso reencontro: um gostoso abraço entre crianças. 




Posso dizer, sem medo de errar, que a vontade de resgatar esses laços de amizade esteve sempre presente no coração de cada uma de nós. Mas, não bastava querer, era preciso um empurrãozinho.

A vida realmente é capaz de separar pessoas por anos e anos e nunca mais permitir que se cruzem de novo. É estranho isso, não é?

Porém, reviravoltas podem acontecer, e quando menos se espera, os caminhos se conectam outra vez, em alguma esquina da vida. Demos o nosso jeitinho, a nossa contribuição para esse reencontro acontecer. Tivemos a ajuda da tecnologia, claro! O falecido Orkut e mais recentemente o Facebook e Instagram são exemplos de tecnologias capazes de aproximar muita gente desgarrada nesse mundo afora. Os recursos tecnológicos podem ser  bastante criticados pelo mau uso que fazem deles, mas também podem ser como os anjos, que ajudam a conectar pessoas.

Fomos nos encontrando por telefone e em abril/2017 formamos um grupo no Whatsapp chamado Amizade Simples Assim, onde adicionamos uma e mais uma e mais outra. Praticamente todos os dias trocamos mensagens, fotografias de hoje e de antigamente, para atiçar as lembranças e movimentar o bate papo. Atualmente nosso grupo tem 13 participantes, mas de vez em quando lembramos de alguém e saímos em busca de um novo contato. Saldânia, nossa querida Sal, é especialista nessa busca. Então, a tendência é aumentar cada vez mais o nosso grupo. Que assim seja!

Desde que o grupo começou, sempre alimentamos o desejo de um encontro presencial. A pandemia nos privou disso durante pelo menos dois anos. Em 2022, a vida voltou a ser um pouquinho normal e a gente logo acendeu a pauta para realizar o nosso encontro.

Aproveitando que Ione iria chegar de São Paulo, vislumbramos nos encontrar no dia 12 de outubro, uma data bem sugestiva, um feriado em homenagem às crianças, que no fundo ainda somos. 

Não foi possível reunir o grupo inteiro. Os compromissos familiares e os afazeres de cada uma de nós foram variáveis que impossibilitaram que tivéssemos 26 braços entrelaçados nesse dia 12 de outubro.

Começamos a movimentar o grupo semanas antes, mas à medida que setembro ia chegando ao fim e outubro já dava o ar da graça, mais difícil parecia conciliar as 3 variáveis que fariam o nosso encontro acontecer: Quando seria?  Onde seria? Quem estaria?

A princípio, cogitamos fazer o encontro em Moreno, num restaurante ou lanchonete, mas precisávamos de um espaço mais tranquilo e só nosso. Por isso, sugeri que o encontro poderia ser em minha casa. Quase às vésperas, parecia que o encontro não iria rolar, pois havia muita indefinição e contratempos, mas de última hora, os bons ventos sopraram e conseguimos ajustar as agendas. 


Ana Lúcia, Emília, Ione, 
Joselma e Saldânia 
deram um jeitinho de se organizar e vieram até a minha casa.


Ione, Sal e Ana
Ao saírem de Moreno, elas já foram mandando mensagens e fotos através do grupo, enquanto eu finalizava umas comidinhas no forno.


Não puderam vir ao nosso encontro: Inalda, porque está em Sâo Paulo; Jelza, porque era o dia do aniversário de sua netinha; Miriam, porque iria trabalhar naquela noite; Romilda, porque estava cuidando de sua irmã no hospital, Verônica, porque estava com visitas de família em casa. Aline e Josana - ainda não haviam ingressado no grupo. Então, todas devidamente justificadas e perdoadas. Mas, só dessa vez! No próximo encontro, não faltem!


Da esq p/ dir: Joselma, eu e Saldânia. Emília de pé.
Joselma, eu e Saldãnia. Emilia em pé.

Ana Lúcia e Ione


Nas poucas horas que faltavam para o encontro se realizar, o nível de ansiedade subiu e a movimentação de mensagens no grupo ficou bastante frenético. Quase não dava para acompanhar o raciocínio e sequência de mensagens. Foi gostoso viver esse agito parecido com o que vivíamos na época da escola. 

Lembra do frio na barriga às vésperas dos desfiles de Sete de Setembro? 

E das noites em claro antes dos passeios e piqueniques da escola? 

Sensações gostosas de lembrar, não é?

Bem, todas nós estudamos juntas quando éramos crianças, algumas já eram pré-adolescentes, mas eu sempre fui a menorzinha da turma, em idade e tamanho. 

Como eu, algumas começaram a estudar na Escola Paroquial de Moreno, que só tinha turmas até a 4ª série.  Depois, a partir da 5ª série, fomos para a Escola Dom Jaime Câmara. Algumas ingressaram na turma, naquele momento. 

Comecei a estudar lá em 1971, aos 6 anos. A pré-escola eu fiz em casa, pois a minha irmã era professorinha. Já fui para a escola praticamente alfabetizada. Fiquei uma semana apenas na 1ª série, a professora era Dona Altair. Fui transferida para 2ª série, com Prof, Vania.  Quando cheguei na 4ª série tinha 8 anos, e pela regra geral, eu precisaria esperar alguns anos para alcançar a idade normal para ingressar na 5ª série

Houve uma espécie de Conselho de Classe e a professora, Dona Glícia, juntamente com a supervisora Dona Altair, e o Diretor, Pe. Luiz, autorizaram para que eu pudesse seguir em frente, com a condição de que, caso eu fosse reprovada, voltaria para a 4ª série até ter idade suficiente para ir para a 5ª. 

Na mesma situação que eu, havia o meu amigo Sérgio. Porém, isso foi só um detalhe na nossa caminhada. Seguimos em frente, ano a ano, sem nem olhar para trás.

Permaneci nessa escola até 1978, no 2º ano do Ensino Médio. Algumas das amigas aqui mencionadas concluíram o ensino médio lá.

Temos aí uma janela de 10 a 12 anos de convivência, em média. 

Dá pra imaginar quanta coisa vivemos juntas?

Há cerca de 3 anos, tive oportunidade de encontrar Ione e Inalda, que são irmãs, quando elas vieram de São Paulo visitar a família e foram me visitar na casa dos meus pais, em Moreno. 

Um encontro tão rápido, que não deu tempo de matar a saudade direito. Ficou um gostinho de "quero mais".

Tínhamos uma convivência bem próxima na infância. Íamos e voltávamos juntas da escola todos os dias e, muitas vezes, ainda nos encontrávamos nos finais de semana para brincadeiras e pic-nic no sítio onde elas moravam; verdadeiras aventuras na zona rural. 

Banho de açude e riacho, caminhadas por entre os canaviais, trilhas no meio da mata, frutas colhidas no pé, comida feita em fogão à lenha pela mãe delas, tudo era maravilhoso. 

A saudade é tanta, que deu pra sentir o gostinho aqui e agora!

Joselma, foi uma das últimas a confirmar que viria ao nosso encontro e a primeira a chegar naquela tarde. Como diz o dito popular, os últimos são sempre os primeiros, tá vendo?  Atualmente ela  mora num bairro próximo ao meu, mas já morou na mesma rua que eu, porém, na época, nunca soubemos que éramos vizinhas. Ficamos sabendo disso, quando o grupo do whatsapp foi criado. Eu fiquei indignada só de pensar que tantas vezes passei pela porta da casa dela, indo trabalhar ou levando os meus filhos ao colégio e nunca nos encontramos. Ô vidinha surpreendente! Do mesmo jeito que afasta, também aproxima e a gente nem sabe como. 

De em quatro em quatro anos, eu encontrava Saldânia. Encontro marcado com data certinha. Parece até mentira, mas não é! Costumeiramente a gente se encontrava nos dias de eleição, pois votávamos na mesma Zona Eleitoral, em Moreno.  Não combinávamos nada, mas a vida se encarregava de unir nossas idas às urnas. Era sempre muito bom o momento do nosso abraço rodeado pelo vai e vém dos eleitores apressados, ali mesmo no pátio do CSU Centro Social Urbano. Mais uma vez era a vida que nos surpreendia, proporcionando um encontro aleatório, mas que, com o passar dos anos, tornou-se até previsível e esperado por nós. Anos depois transferi o meu registro eleitoral para Recife. Era novamente a vida que se encarregava de traçar novos caminhos em outras direções e por isso, acabou  a festa dos nossos encontros eleitorais, Não foi, Sal?

Emília e Ana Lúcia. Realmente eu não as via desde os tempos da escola.

Eu tinha lembrança de Emilia, da fisionomia e tudo, mas de Ana Lúcia, eu lembrava apenas o nome, mas não fazia ideia do rosto. Mas bastou a gente se ver, que a memória acendeu e eu pude lembrar dela do jeitinho que era na escola.  Incrível isso, não é?

Agora devidamente apresentadas e contextualizadas, vamos ao nosso encontro.

Na nossa bagunça organizada teve de tudo. 

Entre uma comidinha e um drink, falamos bastante. Falamos sobre nossas famílias, sobre nossos filhos, sobre o caminho profissional que seguimos. Claro que não poderiam faltar as lembranças da escola. As bagunças na sala de aula, os trabalhos, as provas, os passeios.


Recentemente, revirando algumas gavetas, encontrei 3 cadernetas da época da escola. Era uma caderneta onde a frequência era carimbada, tinha também espaços para anotações escolares, provas, etc. Ao final do ano, ao mudar de série, era comum fazermos dessa caderneta um livrinho de recordação onde os colegas assinavam, como forma de fechar a lista de amizade daquele ano. Isso acontecia também com os professores, que nos prestigiavam com seus autógrafos.

Os autógrafos da turma

Fiquei tão feliz ao rever essas assinaturas, parece até que regressei no tempo. 
Consegui lembrar de tantas coisas: os rostos, o jeito de falar, a cor dos cabelos, as roupas que usavam, a caligrafia nos cadernos... Minha memória foi buscar longe!

Voltando ao nosso encontro, lembramos de muitos professores e à medida que lembrávamos os nomes, comentávamos sobre as características deles: quem era tranquilo, quem era bravo, o mais carrasco, aquele gente boa, aquela que era elegante ou não, a outra que era zoada pela turma pelo jeito de se vestir e de falar, o professor metido a sabichão e gostosão, outro que era temido pela turma, o que enrolava mais que tudo e não avançava no conteúdo da matéria, o que falava alto, aquela que nem tinha forças para falar... Tinha de todo tipo!

Veja quanta lembrança do fundo do baú:

Aos mestres, com carinho:

  • AdimarTécnicas Comerciais  - Era bastante tranquilo e simpático. Dava aulas também de mecanografia, junto com Prof. Zezo.
  • Angela Torres - Português - Era muito delicada e tinha o tom de voz baixo. Acho que só estudei um ano com ela, mas gostava bastante.
  • Bibiano - Matemática - Escrevia o quadro inteirinho, cheio de fórmulas e equações, para depois começar a aula. Uma letra bem desenhada. Só de olhar aquilo tudo no quadro, a gente já tomava um susto, mas ele era um professor muito educado, paciente e simpático. Costumava dar boas notas.
  • Celina - Ciências e Química  - Professora muito gente boa, simpática e tranquila. Fazia sempre trabalhos práticos com experimentos, exposição e seminários. Lembro de um trabalho de Botânica, que me fez procurar plantas e flores de várias espécies, para classificar e colar na cartolina.
  • Ceres - Educação Física - Era bastante dinãmica e costumava fazer disputas e jogos bem legais. Lembro que ela fazia as coreografias para os desfiles de Sete de Setembro e me incentivou muito a fazer ginástica ritmica. Infelizmente, a escola não tinha estrutura adequada para os treinos e seria preciso me deslocar para outra cidade para treinar, o que meus pais não concordaram... Talvez a carreira de uma Daiane dos Santos tenha sido interrompida ali ... Será? kkkk
  • Cícero - Física - Era pouco simpático, fumava bastante e falava num tom debochado e arrogante. Não se interessava muito pelo que os alunos estavam sentindo. Era mais da turma do "Te Vira".
  • Conceição - Matemática - Esposa do Professor Bibiano, era um pouco mais enérgica que ele, mas ensinava muito bem também. Talvez fosse um pouco mais exigente que ele.
  • Edilson - Inglês - Figura inesquecível. Imponente e convencido, "desfilava" no meio das carteiras para fazer as aulas de compreensão (listening and writing), onde ele pronunciava as palavras em inglês, para que nós escrevêssemos no caderno. Era comum ver sempre o mesmo conteúdo de inglês em várias turmas e séries. Sair do verbo TO BE, era um milagre! Mesmo assim, eu amava as aulas. Sempre gostei muito de aprender idiomas.
  • Edvard - Português e Redação  - Um professor exemplar. Muito dedicado, respeitoso, elegante. Sempre gostei muito das aulas dele e guardo lições importantes até hoje, incluindo muitas análises e comentários das redações. Lembro de uma prova que tirei nota 2,5 e fiquei arrasada. Troquei as figuras de linguagem e não teve salvação. As aulas dele iam muito além do conteúdo de Português. Trazia lições e reflexões para a vida, a partir de temas cuidadosamente selecionados.
  • Elisabeth - História - Era uma professora loirinha, muito organizada e dedicada. Usava muitos trabalhos de pesquisa para que pudéssemos fixar o conteúdo. Vamos combinar que História é uma matéria bem cansativa. Muita decoreba de datas e nomes. Eu particularmente, não gostava. Só aprendi a gostar muitos e muitos anos depois.
  • Fernando Vilaça - Matemática - Era um ótimo professor de Matemática. Agitadinho e divertido. Era temido por muitos alunos, porque não aliviava nas notas. Mas eu sempre gostei do jeitão dele.
  • Lucila - Geografia - Um amor de professora! Uma caligrafia maravilhosa. Era gordinha e muito bonita, charmosa, elegante. Tinha um jeito muito especial de ensinar geografia, que parecia fácil.
  • Luiz Leopoldo ( Lulinha) - Artes, Desenho e Geometria - Era sempre muito divertido. Fazia desenhos no quadro com a maior facilidade. Ficávamos boquiabeertos! Como se não bastasse, inventava trabalhos de arte e pintura e nos levava para aulas de campo com papel, pincel e tinta. Que maravilha!
  • Margarida - História - Figuraça, Dona Margarida! Os meninos (da turma da bagunça) pintavam bolinha com ela. Tiravam muita onda, enquanto ela estava escrevendo no quadro., eles faziam piruetas e gestos. A turma caía na gargalhada. Quando ela se virava, silêncio total.  Dificil era se concentrar no conteúdo dessa aula. Ela às vezes parecia meio "bobinha" e ficava rindo também, meio sem saber o que estava acontecendo. Mas tinha dia em que ela estava mal humorada e que ameaçava tirar pontos na avaliação e ainda chamava a coordenação. Sem contar, que ela usava um tenis "conga" e uma calça USTop no meio da canela, e ficava muito engraçado. Era diversão pura! O melhor é lembrar de tudo isso...
  • Mauricéia - Lingua Portuguesa - Era uma lady! Moreninha, baixinha, tinha a voz um pouco rouca. Muito educada, carinhosa e atenciosa com todos. Explicava tudo com a maior paciência. Era muito querida por todos.
  • Odete - Religião e OSPB - Era morena e bem alta. As aulas eram um pouco bagunçadas porque a galera não dava muito importância. Era um entra e saí de alunos, que só ficavam para responder a chamada. Lembro que tirei uma nota baixíssima, acho que foi 3, porque eu não soube responder  perguntas sequenciais sobre os apóstolos. Um fiasco! Fiquei em recuperação em Religião. Isso existe??? 
  • Paulo Morais - Química - Era chamado de Paulo Pisca-pisca, porque ele piscava muitos os olhos, como um tique nervoso.  Minha gente!!! A galera não perdoa, mesmo! As aulas dele eram boas, mas o conteúdo muito superficial. Lembro que quando fui estudar em Recife no 3º ano, me surpreendi com o tanto de assunto de Química, que nunca tinha ouvido nem falar. Sofri para poder superar essa deficiência e na verdade acho que não superei até hoje!
  • Pedrinho - Matemática - Era o professor mais doidinho. Bem magrinho, cabeludo, barbicha, usava sempre calça jeans, bem folgada, chinelão. Fumava bastante. Falava palavrão quando a gente perguntava mais de uma vez a mesma coisa... E ainda jogava um pedaço de giz no aluno que não estivesse prestando atenção. Muita gente tinha medo de ser reprovado por ele. E ele reprovava mesmo! Ele não tinha muita paciência de recapitular assuntos de séries anteriores. Dizia: "isso vocês já viram no ano passado" e pronto! TV.
  • Welda - Moral e Cívica - Era bem branquinha, alta, muito elegante. Estudei apenas um ano com ela e gostei bastante. Era um conteúdo interessante para a gente aprender um pouco do que a gente costumava ouvir nos noticiários da TV. Lembro de uma atividade que ela fez bem interessante, em que a gente aprendeu sobre ministérios e ministros. Eu, com minha inocência, desenhei o Ministério da Fazenda como? Com um cercadinho, umas vaquinhas ... Imagine a minha cara de surpresa ao descobrir o que era de verdade. kkkk
  • Zezo - Técnicas Comerciais - Era muito gente boa. Usava óculos pretos bem característicos. Era muito simpático com os alunos. Dava dicas importantes do mundo profissional.
  • Zuleide - Francês - A partir da 7a série a gente tinha aulas de Francês. Era um novo mundo que se abria pra nós. Dona Zuleide era muito charmosa. Usava quase sempre um batom vermelho e nos ensinava as primeiras palavras no idioma do biquinho. Tinha a voz rouca e não tinha "forças" para vencer o barulho da turma. Então, quase sempre as aulas eram bagunçadas. Nos corredores, era chamada de Dona Zuzu. Qu'est-ce que c'est ? Dizia ela. ( o que é isto?) E nós tínhamos que responder em francês, dando nomes aos objetos que existiam na sala de aula. Eita!!!

Assinaturas de Lucila, Elisabeth, Luiz Leopoldo, Zuleide, Mauricea e Celina

Além dos professores, lembramos também de pessoas da Secretaria da escola, como Jane e Naurinha, do coordenador Damião e dos supervisores e diretores como Aparecida, Dona Altair, Dona Brandina e Pe. Luiz.

Lembro também de Dona Alice, que era uma senhorinha que cozinhava a merenda e de Sergipe, o vendedor de pastéis , que ficava na porta da escola. Se fecho os olhos, posso sentir até o cheiro e o sabor da sopa de legumes com aveia. Hummm! Delícia!

Basicamente estávamos movidas à lembranças. Então, bastava uma fagulha de lembrança que o fogaréu de memórias aparecia. Cada uma lembrava de uma coisa. Todas falavam ao mesmo tempo e quase não dava pra compreender o que se falava. Caíamos na gargalhada, porque aquela movimentação era muito genuína. Éramos crianças outra vez!

Numa reunião feminina assim, não poderiam faltar assuntos como: cuidados de beleza, cabelos, unhas, roupas. E em se tratando da nossa faixa etária, 50 +, surgiram os assuntos como menopausa, cabelos brancos, rugas, problemas de saúde e os remedinhos que fazem parte da nossa vida. 

Claro que, ao mesmo tempo, tudo junto e misturado, falamos também de relacionamentos, casamentos, filhos, netos, os cuidados com nossos pais, irmãos, enfim, família. 

Só por esse resumo, já dá para imaginar que o papo foi bom demais e não faltou assunto. 


Como estávamos em época de eleição, também não deixamos de opinar sobre política. Nem sou muito chegada a esse tema, não entendo muito coisa e me desinteresso ainda mais por causa das disputas de território entre Bolsonaro e Lula. Porém, já que estávamos nessa onda, o jeito era surfar, né? Fazer o quê?

Simbora!


Quando menos esperamos, o sol já estava indo embora e nós ainda nem tínhamos celebrado o aniversário de Ione, que seria 3 dias após. 

Na mesa, bolo e docinhos nos aguardavam. 

Então, partimos para o "Parabéns Pra Ione", fotografamos tudo, fizemos brindes e muitas poses na escadaria. 

Enquanto degustávamos os bolos e doces, aproveitando o momento, fui buscar uma caixa cheinha de álbuns e elas entenderam quem é "a louca das fotografias". 

Foto que não acaba mais! 


Quando reparamos pela janela, já era noite. 

Como assim?  A tarde se foi muito rápido.

Ainda restou um tempinho para apresentar o resto da casa. Subimos a escadaria, tagarelamos mais um pouco no andar de cima.

Já com gostinho de saudade, começamos a nos despedir. 

E claro, ninguém iria sair de mãos vazias e me deixar com toda aquela comida. 

Como ficaria a minha dieta? A solução foi compartilhar e socializar  as calorias. Cada uma levou um pratinho. Aí, sim! Ficou tudo certo!





Mais uma sessão de fotos na despedida. Por que será?

Algumas fotos já iam sendo colocadas no grupo do Whatsapp, para que todas pudessem viver aqueles momentos com a gente. E muitos comentários rolaram pelo noite afora e no dia seguinte também.

Sem dúvida, foi um encontro inesquecível! Maravilhoso! 

Foi um enorme prazer receber vocês!

Demorei todo esse tempo para finalizar o texto, reunir as fotos, porque passei por muitas coisas nesses últimos meses; alguns contratempos de saúde, a despedida do meu pai, a minha nova fase de aposentaria... tantas mudanças!

Mas o lado bom desse atraso é que, nesse exato momento, estamos programando outro encontro que deverá acontecer nas próximas semanas.

Então, até muito breve, meninas! 

Que venham novos momentos deliciosos como esses!

Beijos


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