sexta-feira, 4 de agosto de 2023

Muito mais que 100


O que dizer de Seu Brandinho? 

O que dizer de um par de olhos esverdeados que acumulou uma linda experiência de vida durante 99 anos?

Muita história para contar e inúmeras lições a ensinar. 

Isso é certeza!



Hoje, 04 de agosto de 2023, seria o aniversário de 100 anos do meu pai. 


Tá na hora, viu!


Uma data que gostaríamos de poder celebrar com ele, porque era um marco que ele sempre planejou atingir.  

Ele costumava dizer que viveria até os 100 anos e que só partiria depois dessa data.

- Só vou com cem. Era assim que ele respondia, com um largo sorriso no rosto, sempre que alguém perguntava a sua idade e demonstrava admiração por tanta vitalidade, que era sua marca registrada. 


Entretanto, a partir de 28 de julho de 2021, continuar a caminhada da vida rumo aos 100 anos tornou-se impossível para ele, um fardo muito pesado. 

Naquele dia, uma parte dele se foi. 

Ele foi obrigado a dar adeus ao amor da vida dele, Dona Ziza, minha mãe. 

A partir de então, os dias de vida que lhe restaram foram os mais difíceis.

O rompimento dessa convivência fez com que a vida dele ficasse sem brilho, sem encanto.




Entretanto, com o apoio da família, muita fé em Deus e com a devida assistência médica e terapêutica, ele conseguiu atravessar a fase do luto, encontrar motivação para levantar da cama todas as manhãs e de novo sorrir para a vida, aplacando um pouco a dor da saudade, que ainda insistia em apertar o seu coração com um enorme vazio, difícil de preencher. 

Assim, vivendo um dia de cada vez,  seguiu dignamente sua caminhada até o fim.  

Todos os dias, contemplava o rosto de sua amada numa fotografia que ficava ao lado de sua poltrona e pronunciava o nome dela com muito amor e emoção e fazia orações por ela e para ela. 

Repetia esse ritual todas as noites, ao deitar, rezando e lembrando dela. 

- Que Deus a tenha em bom lugar! Dizia ele.

Foi assim até o dia 10 de dezembro de 2022, quando ele nos deixou, fez a sua travessia e foi ao encontro dela.

Os laços de amor que os unem  não permitiriam outro desfecho para essa história, que não o reencontro. Certamente, os dois devem estar juntos outra vez, na eternidade e de lá emanam vibrações de amor, que chegam até nós e aquecem os nossos corações saudosos.  

Uma linda história de amor


A história de amor de Seu Brandinho e Dona Ziza é tão sublime, apaixonante e inspiradora, que já foi contada no texto Era Uma Vez, Dois Passarinhos, que você pode ler de novo AQUI  

Foram 72 anos de um casamento muito feliz.


Juntos para sempre


O amor deles foi, e continua sendo, inspirador. 

Eles eram muito parceiros, companheiros e apaixonados; grudadinhos, mesmo; almas gêmeas. Uma história que mais parece um romance extraído das páginas de um livro.

Dessa união, desse amor,  surgiu a nossa família. Somos cinco irmãos. 

Sou Ildete, a mais nova, e meus irmãos:  Ildecio, Ildelio, Ildene e Ildelmo.


Delinho, Dena, Decinho, papai, eu e Delmo


Nesta data tão significativa para nós, olhando muitas fotografias que nos fazem recordar momentos especiais de nossa convivência familiar, resolvi contar um pouco sobre ele, sobre a nossa família, sobretudo nos últimos anos de vida dele, como forma de homenageá-lo pelos 99 anos vividos com louvor.

De um certo dia dos Pais, em Gravatá


O meu desejo é que esse registro pessoal e familiar seja lido e acessado por mais pessoas, para que sejam tocadas, de alguma forma, pelo exemplo de pessoa que ele foi, enquanto esposo, pai, cidadão, homem. Homem com H: H.Medeiros.

Primeiramente, gratidão a Deus, por termos sido frutos de um amor tão lindo assim; por termos a honra de sermos filhos de pessoas tão íntegras, exemplares, bondosas e amorosas, que deixaram um legado inestimável, que pretendemos preservar e compartilhar com pessoas ao nosso redor.

De um certo Dia das Mães, em  Gravatá


Então, deixe-me agora apresentar o Sr. Hildebrando Medeiros ou Seu Brandinho, como ele gostava de ser chamado.


Um veinho, super conectado

Mas, antes mesmo de começar a contar sobre ele, lembrei de uma coisinha...

Na última vez em que ouvi a voz dele, ele estava no hospital, de olhos fechados, sonolento por causa da medicação. 

Precisava acordá-lo para dar o jantar, então, comecei a chamá-lo pelo nome íntimo, já que a enfermeira não estava conseguindo acordá-lo, chamando Sr. Hildebrando.

- Seu Brandinho! - chamei.

E ele respondeu, ainda de olhos fechados:

 - Boa noite.

- Boa noite, meu amor! Vamos tomar uma sopinha? - eu falei, toda animada.

E ele respondeu de novo: 

- Boa noite! - E assim ele abriu a boca para comer.

Consegui dar a sopinha quase toda. A enfermeira, que estava ao lado da cama, achou engraçado como ele respondeu com tanta simpatia, visto que antes de ir dormir estava muito bravo, porque estava na UTI.

Guardo comigo a doce lembrança desse "boa noite", o mais lindo que já ouvi em toda minha vida.

Peraí... Agora vou só tomar um golinho de água, me recompor e ... pronto!

Voltando ao objetivo inicial, vamos a história de Seu Brandinho...


Esperto como ele só, meu pai tinha olhos sagazes, que observavam tudo com muito cuidado e sabedoria. 

Tinha hábitos simples, levava uma vida bem saudável.
Fazia vista grossa para as grandezas e riquezas ostentadas por quem quer que fosse. 
Ele gostava mesmo era das coisas simples, verdadeiras, duradouras.

Gostava de uma boa conversa, era contador de histórias, tinha boa memória. Lembrava de muitas histórias de sua juventude e das dificuldades que enfrentou para sobreviver, os aprendizados advindos do trabalho.

Para embalar essas conversas não precisava de muita coisa, bastava alguém interessado em ouvir boas histórias. 

Algumas dessas histórias eu já conhecia do início ao fim.


Horas se passavam e ele nem se dava conta do tanto que já havia percorrido nos caminhos da memória. Uma história puxava outra, e mais outra e mais outra.

Deixou de fumar há mais de 50 anos e bebia muito raramente, a cada reveillon , uma taça de champanhe para celebrar a chegada do ano novo.

Por conta dos problemas digestivos já enfrentados anteriormente,  que resultaram em cirurgias, procurava se alimentar de forma correta,  mas,  às vezes, pecava pelo excesso, pois gostava muito de comer. 

As frutas eram suas preferidas, especialmente aquelas colhidas no pé. 

Também se deliciava com as comidinhas simples do dia a dia:  feijão, arroz, macaxeira, farinha, batata. 


Muito generoso, sempre se sensibilizava com o sofrimento alheio; estava sempre disposto a ajudar alguém. 
Gostava de animais e de natureza. Gatos, cachorros, pássaros.


Recentemente, adotou a gatinha Severina, que apareceu na casa dele, faminta. De comidinha em comidinha, ela foi ficando e está lá até hoje. Já teve até filhotes; um deles, Bigode, está em minha casa. Agora é meu, mas isso já é outra história ...

Adorava plantar e colher. 

Por isso, tinha paixão pelo sítio em Gravatá, seu lugar preferido, o "Suvaco", como ele carinhosamente apelidou o lugar.

"Ponte Tamboatá", em Gravatá


Amava comidas de milho e por isso se deleitava nos tempos do São João. Todo dia 19 de março, lá estava ele semeando milho à espera dos festejos juninos.




Gostava de participar desde o plantio do milho, depois da colheita, do preparo das iguarias e, por fim, o prazer de saborear as delícias vindas do milho: 
cuscuz, canjica, pamonha, munguzá, bolo de milho, tudo! 






Ele gostava de toda e qualquer comida de milho.


Eu costumava preparar um cuscuz recheado, que fazia os olhos dele brilharem.





Era comum ele construir coisas, consertar ferramentas e utensílios de casa. Era muito inteligente e criativo. 

Com ele não tinha desperdício! O conceito de reciclar, reusar já fazia parte do vocabulário dele, mesmo antes de vira moda.

Também tinha paixão por dirigir automóvel. Para ele, dirigir era sinônimo de liberdade. 

Liberdade para poder ir e vir a qualquer lugar sem depender de ninguém. Fez isso até os 93 anos. Dirigia em Moreno, para fazer as suas atividades de ir ao banco, supermercado, feira livre, comprar coisas no comércio da cidade e também gostava de ir para a sua casinha em Gravatá, aos finais de semana, onde costumava trabalhar duro na roça, plantando e capinando todo terreno. 

Como eu já disse, lá era seu lugar favorito. O lugar em que ele ele dizia fazer a sua higiene mental, organizando pensamentos, fazendo planos, respirando ar puro, contemplando a natureza e dormindo tranquilo no friozinho, que a noite sempre trazia.

Os responsáveis por essa sensação de liberdade são os carros de estimação: Chevette Marajó 1984 e Escort Hobby 1995, que se tornaram relíquias.

Sentar no banco do carona não era a opção mais desejada por ele, mas,  com o avançar da idade, foi preciso se acostumar, pois já não era mais prudente renovar a CNH. 

Foi muito difícil fazê-lo aceitar isso. Ele sempre dizia que tinha total condição de continuar dirigindo e que era um absurdo o DETRAN não mais autorizar a renovação da habilitação dele. Vez por outra, ameaçava pegar as chaves do carro e "fugir". Imagine!

Ele também adorava viajar pelo mundo das palavras, sem sair do lugar. Livros.

Admirador de boas histórias, até os 93 anos, meu pai costumava ler durante horas a fio. Ele lia uma média de dois livros por mês. 

Livros, revistas, jornais e até bulas de remédio, ele lia sem parar, do início ao fim.

Ficava lendo até altas horas da noite, enquanto minha mãe fazia os bordadinhos dela.

Aos 94 anos, com sequelas do AVC, precisou reduzir um pouco o ritmo de vida, que, até então, era muito ativa. 

Impossibilitado de ler textos, caminhando com alguma dificuldade e impedido de dirigir sentiu-se muito limitado em sua liberdade, mas, mesmo assim, não entregou os pontos.

Se esforçava para ler algumas palavras e exercitar a coordenação motora durante as sessões de terapia ocupacional com Maryuska. 

Apresentou excelente melhora com o tratamento e vibrava a cada nova conquista. 
Queria sempre aprender mais.






A internet, por exemplo, sempre foi um mundo pelo qual ele demonstrava curiosidade e gostaria de ter aprendido a "navegar".







Os fones de ouvido ajudavam a melhorar a compreensão das conversas, uma vez que a audição já estava um pouco prejudicada.








Ficava muito feliz em poder matar a saudade dos netos e bisnetos, mesmo à distância, pela tela do celular.




Com as sessões de fisioterapia e com todo carinho de nossa querida Isabella, ele recuperou quase totalmente as sequelas motoras do AVC, passou a usar a bengala e já conseguia dar umas fugidinhas pelas redondezas de casa,  para minutos de boa conversa na vizinhança. 


Dava gosto de ver a determinação, a persistência e a vontade de aprender coisas novas, mesmo após os 90 anos.

Esse era Seu Brandinho! 

Passaria horas aqui contando suas aventuras e trelas ...

Mas e defeitos?  Será que ele tinha? 
Sim, claro!  Mas, nada que chegasse a comprometer uma personalidade tão especial, quanto a dele.

Devo dizer que ele era sempre o manda-chuva do pedaço; a última palavra era, e tinha que ser sempre, a dele.

Também era bastante teimoso, coisas de quem tem muita firmeza e autoconfiança, características marcantes de sua personalidade leonina, nascido a 4 de agosto.  O leão é fogo!

Por essas características, não era muito fácil convencê-lo de algo que não fosse a ideia original dele. 

Ele sempre pensava em tudo e já trazia argumentos prontos de que o jeito dele era o melhor a ser seguido !

Era um pouco complicado fazê-lo mudar de ideia, mas com muito jeitinho e paciência, às vezes, a gente conseguia. Não era sempre...

Agora, mudando de assunto, ser pai é uma árdua e bela missão, não é?

A missão de guiar os passos dos filhos, de conduzir os destinos da família, conciliando as tarefas e responsabilidades com os prazeres e as alegrias de acompanhar, dia após dia, o crescimento dos filhos. 


É ser o porto seguro e ser, ao mesmo tempo, aquele que norteia e dá as diretrizes a serem seguidas, sabendo acolher nas horas difíceis e dolorosas, mas também sendo a pessoa que estimula e mostra o horizonte e o céu inteirinho a ser percorrido. 

O pai é também aquele que, embora lance os olhos no futuro, sabe exatamente a importância do primeiro passo na caminhada, e que cada meta deve ser planejada com os pés plantados ao solo, para que os olhos tenham firmeza para almejar e inspirar os passos certeiros que serão necessários rumo ao horizonte. 

Vamos combinar, que, no quesito paternidade, ele sempre arrasou.
Tudo isso ele praticou e nos ensinou. 
Ele sempre foi e para sempre será o nosso super Pai.


Numa certa tarde de domingo, em Gravatá


Agora, vendo esta foto, com seus pezinhos cruzados, acomodado em sua velha cadeira de balanço, peço licença a você que me lê, e faço uso da imaginação para pensar como seria a comemoração para celebrar os seus 100 anos de vida, pai. 


Asas à imaginação


O senhor não gostava propriamente de festas, mas também já sabia que a gente iria fazer uma festinha, de qualquer jeito, para reunir a família e alegrar o seu dia, né?

O senhor sempre gostou de comemorar com a família em volta da mesa, com comida farta, bolo e, quem sabe, uma tacinha de vinho suave ou champanhe sem álcool.

Haveria um bolo decorado com morangos, bem lindo!  
No mês de agosto, os morangos estão sempre lindos e docinhos. 
Não é exatamente o tipo de bolo que eu saberia fazer, mas o senhor sabe que eu encomendaria com antecedência.  Era só falar com minha amiga Célia, que, tradicionalmente, fazia seus bolos de aniversário, e logo teríamos um lindo e delicioso bolo temático, daqueles de comer com os olhos.


Como boleira da casa, oficialmente nomeada pelo senhor, eu faria com todo prazer qualquer outro bolo de sua preferência para acompanhar aquele cafezinho. 
Poderia ser de milho, ameixa, coco, banana, macaxeira, afinal todos esses eram seus prediletos. 

Nem se preocupe, que dessa vez eu iria seguir o seu conselho e anotar as receitas direitinho, com todas as quantidades e ingredientes, porque, caso desse certo e o bolo ficasse gostoso,  eu já estaria garantida para no futuro fazer mais bolinhos iguais para vender lá na  minha casa, não é? Tô ligada!

Mas, de uma coisa tenho certeza, se tivesse aquele cuscuz recheado, acho que o senhor iria gostar mais...  
Então, poderia ser um bolo de Cuscuz. É isso! Boa ideia!

Na festa não iriam faltar coxinhas, bem quentinhas, porque o senhor também gostava muito. Se fossem pequeninas, comeria várias, uma após a outra, sem nem sentir.

Ah, dessa vez, acho que seria melhor a gente tomar apenas guaraná, como mamãe preferiria.
 O senhor sabe que Dena não pode mais tomar Coca-Cola, então ...

Na trilha sonora, um forrozinho cairia bem. Gonzagão, Santana ...
E aquela do "Juramento do dedinho"? Que tal? Tiraria o senhor pra dançar, fácil, fácil, assim como fazíamos quase sempre nas manhãs de domingo. Tá preparado?
Mas, eu sei, não poderia faltar Roberta Miranda, sua queridinha. Tudo bem. Daríamos um jeito de "levá-la" para a festa.

Imagine que essa festança seria em Gravatá, como foi a comemoração dos seus 90 anos.

Um coração, dois corações, uma história de amor.

Sim, lá teria muito mais espaço para toda nossa família e mais alguns amigos que iriam fazer questão de lhe dar um abraço.  Acho que, dessa vez, Carminha estaria lá também!
Cabe todo mundo!

Comemoração dos 99 anos

Rede de apoio, rede de amor





Veja que maravilha: as crianças correndo e brincando em volta da casa, no gramado, no balanço embaixo do Pau Santo, como o senhor sempre sonhou. 

Imagine  Matheus, Isabelle, Liz, Ravi e Bella (que não chegou a lhe conhecer pessoalmente). 
Seria muita energia junta!



Também estaria lá a turminha que tomou fermento e cresceu muito rápido: Guilherme, Caio (o reizinho), Laurinha, Helena e Sophia... Eles também iriam gostar de brincar naquele espaço todo.
 

Não poderiam faltar aquelas crianças que estão querendo
 virar gente grande: Debby (o seu xodó), Flavinho, Vitor e Juju (a neta bailarina infiltrada entre os bisnetos) ha ha ha


Só por essa turminha aí, a sua festa estaria garantida. 

Posso até imaginar o seu sorriso largo derretido para eles. 



Sorrir é sempre o melhor remédio




Também não é difícil imaginar que todos os seus netos e bisnetos mais crescidinhos estariam presentes, até mesmo aqueles que moram longe ou que vivem viajando, como: Rudrigo, Nina, Carol, Bruno, Kamilla e Diego (que chegaria de madrugada, de surpresa, como costumava fazer). O senhor adorava isso!






Os demais, que estão sempre por perto, teriam lugar garantido na comemoração:  Breno, Elis, Elvis, Mauro, Junior, Ilka, Talys, Danillo, Vinicius e Marcelle. 


A verdade é que ninguém perderia a chance de dar um abraço e receber o seu carinho.




Seria um momento inesquecível, pai! 



Certamente, todos nós, seus filhos, netos, bisnetos, cunhada, noras, o genro 100 e muitos amigos,  gostaríamos muito de ter vivido esse momento ao seu lado.

Porém, com muito amor no coração, podemos hoje reunir em pensamento todos os bons momentos que vivemos ao seu lado e ter a certeza de que valeram muito mais que cem anos. 




Seus 99 anos foram intensamente vividos, com a graça de Deus!
O senhor foi, e continua sendo, precioso em nossas vidas. 



Parabéns!
Seus ensinamentos, seu carinho e seu amor são eternos.

Feliz vida eterna
ao lado de nossa mãe!


Festa no céu



Com todo  amor,
dos seus filhos
Dete, Delmo, Dena, Delinho e Decinho



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36 comentários:

  1. Seus pais Detinha,hoje na eternidade.Me fazem lembrar momentos bons de minha adolescência em sua casa.Eles são Luz do Resplendor lá no céu. Um abraço amiga querida.Seus pai receba os PARABÉNS mesmo na eternidade

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  2. Lindo texto e homenagem. Privilégio de ter essa família. Um abraço grande Ildete. Leo chesf

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    1. Obrigada, Leo. Realmente, sinto-me privilegiada por ter pais tão especiais.

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  3. Que belíssimo e emocionante texto! Uma riqueza de detalhe simplesmente incrível. É possível sentir a emoção em cada cena retratada, em cada gesto, em cada elogio...Sou um admirador da história de amor de Seu Brandinho e dona Ziza que foi contada por você de forma impecável. O legado de Seu Brandinho ultrapassa as barreiras do tempo e ele ao lado do seu amor, contempla tudo com muito orgulho e a certeza que o dever foi fielmente cumprido.

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    1. Obrigada pelo depoimento. Que bom que proporcionou emoção. Você conheceu a história, acompanhou muitas passagens. Agradeço por ter me avisado que esqueceu de assinar o comentário, Italo. Você sempre carinhoso e atencioso comigo. Muito obrigada, mesmo!

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  4. Excelente!!!, não conheci o Sr. Brandinho, e lendo o texto é como se tivesse convivido com ele. Imagino como seria linda a festa dos 100 anos deste ser maravilhoso, pai, esposo etc...
    Ele hoje está numa dimensão superior a nossa e o importante a o lado da Dona Ziza. Realmente muito mais que 100.
    Parabens Dete, pelo texto maravilhoso.
    Marielze

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    1. Obrigada, Marielze. Fico feliz por conseguir transmitir um pouquinho do legado dele e torná-lo conhecido, mesmo que virtualmente. Grata pelo seu carinho.

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  5. Linda homenagem. Parabéns Dete e a toda sua família. 👏👏👏❤️🙏

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  6. Parabéns Ildete,pela belíssima homenagem e merecida.Saudades!

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  7. Raquel irani05/08/2023, 07:19

    Um grande homem, um coração imenso.
    E tenho certeza que habitei nesse coração durante 43 anos, como uma filha amada. Que privilégio ser merecedora desse amor ❤️ E ele sempre soube que a recíproca era e ainda é verdadeira. Meu pai coração. Amarei eternamente.❣️Tenho absoluta certeza que eles estão juntinhos no infinito. ❣️❣️
    E nesse 04 de agosto de 2023 (uma sexta-feira ), eu estaria lá, com um lindo bolo, coração em festa, cantando "parabéns pra você", aproveitando um pedacinho desse dia, provavelmente, na hora do almoço e receberia e daria um forte abraço, um lindo olhar e um beijo na testa. Deus te abençoe pai🙏. Obrigada por tudo ❣️❣️

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    1. Quel, não resta dúvida de que você ocupou também o lugar de filha no coração deles e teria lugar reservadíssimo nessa comemoraçao de 100 anos. Agradeço imensamente por todo amor, carinho e atenção que você sempre dedicou a eles. Grande beijo!

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  8. Ildete, parabéns pelo lindo texto, como sempre falo para meus irmãos que a pureza da vida é a sabedoria e a vontade de viver, seu pai foi um vencedor e com certeza esse dia 04/08/2023, quando completaria 100 anos ele está muito feliz, porte ter construído uma família linda e deixado seu legado. Parabéns para seu Brandinho.

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    1. Ele nos deixou esse legado de sabedoria e amor pela vida plenamente vivida. Obrigada pela linda mensagem!

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  9. Adriana Baltar05/08/2023, 08:20

    Espetáculo minha amiga. Lindo de viver. Muita sabedoria do seu veinho. Belo relato e linda família. Senti toda emoção, coração palpitou e lágrimas em meus olhos. Obrigada por compartilhar. Vc é especial 😍

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    1. Adri, amiga querida! Obrigada pelo carinho e companheirismo. Fico feliz que a mensagem tenha tocado seu coração. Um beijo enorme

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  10. Belíssima homenagem minha cunhada, que Deus lhe abençoe e lhe proteja sempre.

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    1. Agradeço pelo carinho. Muito bom poder compartilhar o amor e receber mensagens de carinho. Muito obrigada!

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  11. PAULO FERNANDO

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  12. Que linda homenagem, Dete. Um pouco da grande história de seu Brandinho foi contada por vc. Ele deixou um lindo legado que nessa publicação foi eternizada. Abraço forte, Cris Maia

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    1. Obrigada, Cris. Essa homenagem tem também o propósito de espalhar e compartilhar um pouco da história de vida dele, que é muito especial. Para mim, motivo de orgulho. Beijos pra vc!

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  13. Que linda homenagem! ❤️

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  14. Belíssima homenagem. Que Deus abençoe essa linda família!!

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  15. Dete, que linda homenagem! Para mim não foi surpresa, nem para aqueles que como eu, conhece e sabe o quanto és mestre em sensibilidade para contemplar as coisas simples e NAVEGAR nas águas das emoções, expressando-as através da memória afetiva todo o AMOR vivido pelos seus pais.
    Não foi difícil para você expressar todo este sentimento descrito em cada palavra desta homenagem tão verdadeira. Porque só aos poetas é lhe dado este dom. As emoções sentidas por você, não tenho dúvidas que foram fortes para revive-las em cada detalhe e personagens aqui descritos.
    Você foi abençoada pelo Pai celestial, de ter um exemplo de amor na vida dos dois. Cada um com suas idiossincrasias ( comum a cada ser humano) e que no entanto, o AMOR superou o lado "amargo" presente em todas relações. Quanta maestria eles tiveram.
    Você soube, com sabedoria, usar o aprendizado passado por eles, acumulado do passado ( não muito distante) de modo a transformá-lo nesta homenagem.
    O amor deles, serviu, sem dúvidas, para ser seu guia contínuo em direção ao nível mais alto que seu "inconsciente" foi capaz de guardá-lo em sua memória afetiva. Pois foi nele que ficaram marcado toda memória. Um verdadeiro repositório que te alimentou continuamente nas imagens e falas que fizeram você nos presentear com estes depoimentos, passagens, anos...vividos intensamente por você.
    Eu, particularmente, corroboro com seus depoimentos, pois, tive o privilégio de conviver com eles no meu dia a dia na minha adolescência e "sentir" de perto este AMOR.
    Parabéns por conseguir retratar de forma tão vívida o AMOR que embalou seus pais até o final de suas vidas entre nós.
    Deixo aqui minha admiração a você como SER HUMANO( tenho propriedade para tal, a conheço desde sua infância) , como cunhada, como filha, irmã, esposa e mãe ) .
    Meu respeito e carinho, SEMPRE!
    Sua cunhada e amiga, Suely

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    1. Querida, Su! Sinto-me lisonjeada. Foi com 110 % de emoção que escrevi essa homenagem, e por isso até parece fácil. Na verdade, as palavras fluem, mas até que cheguem ao formato final, revolvem sentimentos os mais diversos: momentos bons e momentos difíceis pelos quais foi preciso passar. Fico muito feliz e grata pela oportunidade de compartilhar essas vivências e por ter a recebido tantas mensagens elogiosas como a sua. Muito obrigada!
      Grande beijo!

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  16. Dete, minha alma em conluio com meu coração combinaram com as glândulas lacrimais e, em paralelo, revivi alguns detalhes dos poucos anos com meu pai (Seu Odilon) e, após 25 anos com Dona Anunciada. Parafraseando os versos de Gonzaguinha: "...não dá para segurar...".Tive o privilégio de -ainda que fugaz- conhecê-los. só não conhecia seu talento de contista. Na vida verdadeira, Seu Brandinho foi recepcionado por Dona Ziza. Tens dúvidas disso? Quanta alegria sentir tua serenidade em compartilhar conosco os sentimentos que eles representaram para, em especial, você e Everaldo. Estes fragmentos me fizeram entender as razões de seres tão focada; tão persistente; tão alegre ( alto astral mesmo); e uma amiga tão querida para quem é sorteado em te conhecer. PAZ, ALEGRIA e MUITA LUZ aos teus pais, pois seus espíritos (despidos da descartável matéria) voltaram ao pó. Muito obrigado por me incluir no Feitiços do Bem e poder saborear tão linda e agradecida homenagem.
    Paulo Fernando

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    1. Querido Paulo, agradeço de coração tão belo e elogioso depoimento. Fico feliz por poder tocar seu coração, suscitando-lhe recordações dos seus pais.Para mim, é sempre um.honra e uma grande oportunidade ser lida por pessoas amigas, que conhecem e podem atestar a verdade dos relatos e reflexões que procuro registrar aqui. Muitíssimo obrigada!

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  17. Minha cara, Ildete
    Belo testemunho. Belo depoimento, bela homenagem póstuma você dedicou aos seus queridos pais, contando uma linda história, uma lição de vida, que eles viveram com tanta intensidade e significado e que você retratou com tanta riqueza de detalhes e cuidado, e que você foi guardando no cofre do seu coração. De admirar, porque, hoje em dia, são raros os casos em que os filhos sabem valorizar, exaltar e contar a história de vida de seus pais.
    Mais do que uma leitura, para mim, foi uma leve caminhada por um caminho florido, luminoso, que dá para um bosque encantado, onde floresce um jardim, onde duas flores, as mais belas e perfumadas do mundo, chamada de Ziza e Brandinho, se destacam e são as mais preferidas pelos beija-flores.
    Não tenho dúvida de que esse casal maravilhoso esteja juntinho no paraíso, ao lado de Deus, dando continuidade ao lindo amor que viveram na Terra e que não morrerá jamais.
    Em homenagem a eles, vou cantar, eu e meu violão, esta linda música do eterno trovador Moacir Franco:
    " A história do amor entre nós dois
    Se escreve como todas as demais
    Um pouco de tristeza e de alegria
    Uma verdade, nada mais.
    Te amo e nada mais me interessa
    Em novas frases dizer
    Elas são todas iguais
    A vida termina tão depressa
    E eu não quero vivê-la
    Procurando mais
    Me basta
    A história de amor entre nós dois
    Me basta
    O amor que tu me dás. "

    Não aprendi ainda a manobrar com desenvoltura o milagre da tecnologia digital (quando muito o ZAP) Instagram, Facebook, redes sociais...
    Gosto mais da minha rede " social", armada na varanda, onde fico horas encafifado, discutindo com o tempo e apreciando as nuvens que viram monstros mitológicos de algodão.
    Então, faça uso desta minha simples e singela mensagem, da melhor forma que lhe convier, incorporando-a, se for o caso, aos muitos e abalisados comentários, que certamente surgirão a respeito do seu escrito, como sempre, com zelo, esmero e cuidado linguístico, que lhes são peculiares.
    Abraço
    Oilton

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    1. Grande Oilton! Que prazer ter o seu depoimento aqui. Que mensagem tão linda, delicada, sensível. Só tenho gratidão por tanto carinho. Saiba que fico imensamente feliz por poder compartilhar esses momentos e receber retornos tão valiosos e significativos como o seu. Você, sim, é um mestre na arte das palavras, a quem dedico profunda admiração.O manejo da tecnologia você tira de letra, é só um pequeno detalhe. Kkkk
      Obrigada também pelo poema dedicado aos meus pais, em forma de canção! Lindo demais!
      A você toda minha gratidão!

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  18. Priscila Araujo13/08/2023, 20:23

    Que lindo! Tio Brandinho sempre muito querido e amado.

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    1. Obrigada, Pri! Sim, ele sempre foi muito querido e amado. Graças a Deus, cultivou uma legião de amigos por onde passou. Beijão pra vc!

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