terça-feira, 20 de novembro de 2018

Entre nós, ele, o abismo


Difícil imaginar onde você está agora, onde estão os seus pensamentos...
Posso ver você, bem aqui do meu lado, mas não consigo encontrar você  além da roupa que você veste, do velho chinelo que arrasta. Sei que é você quem está aí, sim! 
Você me reconhece, me chama pelo nome. Estou vendo você...




Pensamentos ao vento


Estou vendo seus olhos, seus cabelos, seu jeitinho adorável de ser, mas não tenho mais você como eu tinha antes: companheira, cuidadora de mim, zelosa, ágil, decidida em todas as coisas que dizem respeito ao nosso lar.

Você sempre cuidou de mim, dos nossos filhos, da casa, de tudo: arrumação, limpeza, cozinha e até daqueles detalhes que tantas vezes achei exagerados, como: cortinas, colchas engomadas, almofadas pintadas à mão, flores pela casa, tapetes, quadros, plantas, etc.

Artista por natureza
A sua paixão pelas artes plásticas foi alimento para sua alma durante vários anos: bordados, tapetes, pinturas, quadros, etc ...
"Pra que isso?", eu dizia.
Hoje você ainda faz algumas dessas atividades, mas talvez não tenha mais a mesma habilidade.

Agora, entendo que tudo isso sempre foi a sua identidade, o seu jeito de ser, faz parte de você.
É incrível como ainda hoje você valoriza essas pequenas coisas, deixando até a comida de lado, muitas vezes, e se preocupando muito mais em ver a cama impecável, sem uma dobra na colcha, a mesa arrumada, os móveis no lugar, a pia e o fogão sempre limpos, tudo em seu devido  lugar.
Não consegue resistir a uma folhinha caída no quintal e logo pega a vassoura para varrer.

Varre, varre vassourinha!
Continua cuidadosa em guardar as coisas em gavetas, caixas, saquinhos. Tudo tão bem guardado que depois fica difícil encontrar, pois você não lembra onde guardou. Não é à toa que a quantidade de coisas e objetos "sumidos" dentro de casa aumenta a cada dia.

Sinto falta de lhe perguntar onde está a minha toalha, a minha roupa, meu lenço e você prontamente responder-me já com tudo isso nas mãos para me entregar.


Sinto falta de ser cuidado por você...
Mas não tem problema. Chegou a minha vez!
Quero continuar cuidando de você e dedicar-lhe todo meu amor e carinho, cumprindo, assim, dia a dia, a promessa que fizemos quando nos casamos.

Por vezes, sou incompreendido, quando digo que gostaria de estar sozinho com você lá em nossa casinha, no sítio. Só nós dois. Eu cuidando de você, você cuidando de mim.

Dias felizes!
Não pense que é ingratidão da minha parte... 

É que foi assim que sonhei em viver nossos dias de velhice...
Eu dirigindo meu velho carrinho até a nossa casinha no sítio, para passar dias cuidando das plantas no quintal e você cuidando da casa e cozinhando nossa comidinha simples e saborosa, como sempre foi durante tantos anos...
Mas, infelizmente, isso não é mais possível...
pelo menos, não mais sozinhos ...

Não posso mais dirigir, embora eu ache que tenho plenas condições de fazê-lo.
Só não pego o carro e saio por aí dirigindo, pra evitar problemas com a legislação, o Detran.
E você... Bem, você tem esses probleminhas de memória e não se alimenta direito...
Tenho certeza que você não estaria assim se procurasse se alimentar melhor, se fizesse um esforço, comesse bem e tomasse bastante água. Se fosse assim, todos esses remédios, que você toma, poderiam ser jogados fora e você estaria bem.
Mas você não quer me ouvir ...

É verdade que continuamos a ir para a nossa casinha do sítio, agora sempre acompanhados de nossos filhos.
Quando estou lá, gosto e, ao mesmo tempo, não gosto.
Gosto porque aquele é o meu lugar. Gosto do clima, da simplicidade do lugar que construí com tanto sacrifício e amor.
Não gosto, porque não posso fazer as coisas que fazia antes: o trabalho braçal logo me cansa, não aguento ficar sob o sol. Além disso, fico preocupado com você. Tenho que estar atento ao que você está fazendo dentro de casa, pra não mexer no fogão e esquecer o fogo aceso, pra não entrar no banheiro e trancar a porta, essas coisas...
Há momentos em que você nem lembra que aquela é também a nossa casinha. Fica me perguntando: " onde a gente está? que lugar é esse? Qual o nome dessa rua?"
Isso me entristece muito. Você sempre gostou tanto de estar lá...
Por  isso, às vezes, nem quero ir. Prefiro ficar em casa.

Não é que eu não queira estar na companhia de nossos filhos, nem evitar que você receba o carinho e atenção deles e dos nossos netos, mas fico me sentindo deslocado e não gosto quando você fica assim desnorteada.
Sou eu quem melhor compreende você.
Dizem até que sou ciumento e possessivo. Mas não é ciúme, não. É cuidado.
Afinal, são muitos anos de convivência, mais de setenta!
Tenho agora  95 e você 90 anos, por isso, sei tudo sobre você: qual a hora certinha do seu remédio, sei a comida que você gosta, as suas frutas preferidas, o seu biscoito predileto, a temperatura exata do seu café com leite, a quantidade de açúcar adequada ao seu paladar. Sei também a hora em que você deve ir deitar e que precisa tomar aquele copinho de leite, pra não ter pesadelos. Sei quando você pode sentir frio ou quando quer que eu ligue o ventilador. Conheço melhor do que ninguém os programas de TV que você gosta de assistir. Novela? Pra quê novela? A nossa vida já e um novela!

Fonte: Google imagens
Tenho saudade das nossas conversas, das nossas confidências, dos nossos segredinhos de amor.
Prometemos ser felizes juntos por uma vida inteira e cá estamos! Estamos vivos, sim!
Mas nunca pensei que tivéssemos que enfrentar momentos tão difíceis assim.
É muito complicado ter esse "intruso" entre nós.

Todos à nossa volta insistem em dizer que somos felizes, sim, que construímos uma linda família, que temos milhões de motivos para agradecer a Deus. E é verdade!
Insistem em me lembrar que eu já passei por vários momentos difíceis, inclusive com a saúde abalada no ano que passou.
Apesar de tudo que passei, minha memória está aqui, embora às vezes falhe e não me deixe falar o que eu quero. As palavras tropeçam na minha língua e não querem sair; tudo por causa de dois AVC's que enfrentei em menos de um mês e em seguida precisei implantar um marcapasso, para que meu coração seguisse batendo no ritmo certo.
Eu sei, eu sei... Foram momentos difíceis. Superei, com a ajuda de Deus, que botou bons médicos em meu caminho e também tive o apoio dos meus filhos, que me deram a vida de novo, como costumo dizer, porque me socorreram tão rapidamente até o hospital.
Como sequela desses contratempos, perdi a liberdade de viajar através dos livros. Ler era a minha grande diversão. Eu voava ao sabor das palavras: lia dois ou três livros por mês, às vezes até mais! Perdia o sono, quando a história era boa e cativante e varava noite adentro, capítulo após capítulo. Belas viagens eu fiz, sem sequer sair da minha velha cadeira de balanço.
Agora, tudo isso ficou para trás...

Fonte:Google imagens
Hoje, fico olhando atentamente as palavras escritas num papel, um bilhete, um documento, uma nota fiscal e as letras parecem dançar à minha frente, numa eterna brincadeira de esconde-esconde.
Leio uma palavra aqui e quando vou para a palavra seguinte, nem mais sei o que li. Tudo fica muito confuso na minha cabeça. É horrível!
Mesmo assim, procuro não me acomodar. Insisto em fazer registros das minhas contas, minhas compras, meus documentos. Escrevo aqui e ali. Faço contas, somando os valores dos meus gastos. Não quero perder o controle das minhas coisas. Logo eu, que sempre tive toda a minha vida financeira contabilizada, centavo por centavo, gasto por gasto.
Vou levando a vida como dá.

Costumo dizer que a minha "máquina" está farrapando e que isso não é viver...
A audição foi pro beleléu, a visão também não está boa. O aparelho auditivo que comecei a usar é muito incômodo, porque faz aquela barulheira na minha cabeça: o carro que passa na rua, o som da TV, as pessoas falando ao mesmo tempo.
Às vezes, é melhor nem ouvir essas coisas ...

O que eu mais sinto falta é da liberdade de pegar meu carrinho velho e sair para resolver as minhas coisas, na hora em que tenho vontade: ir à feira livre, ao banco, à farmácia, ao supermercado.
Gosto de fazer tudo isso sozinho. Não gosto de ter "guarda-costas" por perto.
Detesto ter que depender dos outros, mesmo que sejam meus filhos. Eles têm a vida deles; vivem sempre ocupados com mil afazeres.
Não gosto de ser um empecilho; gosto de resolver as coisas do meu jeito.


Sinto saudade das nossas longas conversas. Gostaria de ter o privilégio da sua companhia,  inteligência, firmeza, de ouvir as suas opiniões, que tanto alicerçavam as minhas.
Infelizmente, hoje digo coisas que você parece não mais absorver. Falo agora e você não lembra mais daqui a alguns minutos.  Ao mesmo tempo, quero acreditar que você pode, sim, entender tudo que eu digo. Você me olha, eu falo tudo que penso, tento explicar o inexplicável.

Muitas vezes, durante a noite, você fala coisas sem sentido, coisas que não entendo: vive perguntando por uma menina que eu não sei quem é, diz que ela esteve aqui em casa, acorda no meio da noite perguntando onde ela está, se já comeu, se já foi dormir...
Imagino que você deve estar sonhando com nossa netinha, que esteve aqui em casa hoje e trouxe suas bonecas, que até parecem bebês de verdade de tão perfeitinhas que são. Mas você diz que não é isso e continua procurando pela tal menina. Então, tento acalmar você, conversando, até que você volte a dormir outra vez.
De repente você fica aflita, lembrando da casa em que você morou, dizendo que agora que sua mãe se foi, a casa será demolida e que ainda tem muita coisa sua lá. Já lhe falei uma porção de vezes que a velha casa não existe mais, que suas coisas todas foram trazidas para a nossa casa, quando casamos e digo também que sua mãe faleceu há 30 anos. Não adianta.
No dia seguinte, você fala tudo outra vez. Diz que quer ir lá naquela casa buscar a velha máquina de costura e um baú cheio de lençóis e bordados, suas coisas.
Dia desses levei você até o local onde existia essa velha casa em que seus pais moravam. Hoje nada mais existe lá. Só um matagal e outras casas ao lado, construídas recentemente. 
Minha esperança era que você visse a velha casa vizinha e lembrasse de como tudo era antigamente: a sua casinha que existia ali, a calçada alta, as árvores. Talvez isso fizesse você aceitar que a casa onde você morou na juventude não mais existe e por isso não há motivo pra você estar pensando que ainda tem coisas suas lá. 
Mas você não lembrou ou não quis lembrar; ficou irritada, chateada, não quis nem olhar. Disse que queria ir embora.
Na sua memória, esse passado de mais de trinta anos parece que acabou de acontecer ...
Eu não entendo! É complicado!

Penso aqui com os meu botões, que o melhor jeito de fazer você entender as coisas é falando sempre a verdade. Não gosto que mintam pra você, mesmo que seja uma "mentirinha" pro seu bem, como nossos filhos dizem.
Por isso, mesmo que você não goste, prefiro botar a vitamina no seu café, bem na sua frente, e nunca botar na sua xícara, sem você saber. Nossos filhos falam que fazem isso, porque esse é o único jeito de você não rejeitar aquele café e tomar a quantidade de suplemento de vitaminas receitado pela médica, mas eu não gosto disso. Acho que fazer isso está errado.
Nosso pacto de união sempre prezou pela verdade, pela sinceridade. 
Por isso, agora não vai ser diferente: prefiro dizer que não tem nenhuma menina aqui em casa, do que dizer que ela esteve aqui e já foi. Prefiro dizer que sua mãe morreu há 30 anos e não na semana passada como você pensa. Você tem que entender.
Sei que você é capaz de entender que precisa tomar a vitamina e quando você rejeita é só porque está mau-humorada ou, simplesmente, não quer mesmo.
O que eu posso fazer? Faço tudo! Às vezes imploro pra você comer, pra beber água, tomar o remédio, mas quando você emperra, diz que não quer e fica com raiva de mim.

Talvez eu esteja revoltado, ou até sendo exagerado, incompreensivo, duro demais ao pensar assim, mas está sendo muito difícil e complicado pra mim.
Às vezes me desespero, choro, perco o controle. Pergunto a Deus; " o que fiz de errado?" Sinto-me perdido e fragilizado. 
Depois, procuro botar meus pensamentos em ordem, faço minhas orações e recupero forças para seguir adiante.

Gostaria de poder fazer algo. 
Gostaria que tudo isso fosse um pesadelo e que eu pudesse acordar amanhã e ver que tudo voltou ao normal, que tudo passou e que não há mais nenhum intruso entre nós.
Seríamos só eu e você, de novo ...

Nós dois



*****************

Essa narrativa em primeira pessoa foi a minha tentativa de traduzir em palavras as angústias e sentimentos vividos pelo meu pai, que convive há alguns anos com a devastação causada pelo mal de Alzheimer, o "intruso", que se instalou em minha mãe. 
Claro que seria impossível obter total isenção dos fatos nessa narrativa. Estou tão envolvida no processo quanto ele, acompanho de perto o desenrolar de tudo e sofro junto, por isso usei também a voz do coração. Procurei "enxergar" através dos olhos dele e, como num desabafo, deixei fluir emoções e sentimentos que, diariamente, o incomodam,o  deprimem, o machucam.
Como principal cuidador dela, por motivo óbvios, ele sofre tanto ou até mais que ela. 
Entre inúmeras idas e vindas, oscilando entre aceitação e negação da doença, ele se angustia, se revolta e adoece também. Por isso, ele precisa de nossa especial atenção, cuidado, carinho e amor, tanto quanto ela.
Na verdade, a família inteira sofre, cada um a seu modo. 
Conviver com a perda diária da memória de um ente querido, de forma paulatina e irreversível é algo muito cruel e difícil de aceitar. 
Com o auxílio das medicações, à medida do possível, o quadro geral dela tem-se mantido estável e muitas atividades continuam preservadas, graças a Deus.
É preciso muito amor, compreensão e ajuda especializada para enfrentar tudo isso. O acompanhamento médico é fundamental, sempre em busca de pequenos ganhos, que representam grandes vitórias, diminuição do sofrimento e melhoria na qualidade de vida. 
A informação é uma grande aliada para enfrentar essas situações. É preciso ler sobre o assunto, buscar orientação especializada e aprender sempre. Aprender como dizer algo, silenciar quando necessário, saber ouvir, fazer de conta que nada aconteceu, valorizar as pequenas coisas, auxiliar no que for preciso, proteger, respeitar os limites, os espaços, as opiniões, a pouca liberdade que ainda resta, tão essencial quanto o ato de respirar.
Nós, os filhos, valemo-nos da união familiar, fé em Deus e de muito amor, paciência, diálogo e respeito, para amenizar os momentos difíceis, procurando dar o apoio necessário e transmitindo leveza e serenidade a eles, para que juntos possamos continuar desfrutando da bênção divina que é tê-los em nossas vidas. 

Agradeço a você que conseguiu finalizar a leitura e espero poder contribuir de alguma forma, fazendo chegar esse desabafo a pessoas que passam por situações semelhantes em suas famílias.

Grande abraço!


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4 comentários:

  1. Amei sua narrativa verdadeira, me emocionei bastante☹️, entendo o quanto é difícil para todos vcs, inclusive seu pai,acred acr que a fe, a uniao familiar,a paciencia, aceitação,informacoes,dedicacao e a contribuição de cada um deve ajudar muito em todos os sentidos...E, voce está de parabéns por todo esse desabafo que nos trouxe também alguns aprendizados no que se refere a esse mal nos fragiliza tanto quando temos que conviver com ele, principalmente sabendo que e com alguém que amamos tanto...Quero também dizer pra vc que quantos desabafos quiser fazer 👍 conte sempre comigo que estarei aqui dando- lhe minha humilde contribuição e compartilhando, ok??😒😍

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    1. Obrigada pelas amáveis palavras! Diz a sabedoria popular que o sofrimento repartido pode ser amenizado, atenuado, suportado mais facilmente. Que esse e outros desabafos meus sejam catalisadores e possam cumprir sua missão de aliviar um pouco do sofrimento de pessoas que enfrentam situações semelhantes, onde quer que elas estejam. Agradeço de coração por você ter ajudado a divulgar, compartilhando.

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  2. Eu conheço várias pessoas que sofrem com Alzheimer, mas isoladamente. Um casal deve ser extremamente difícil de lidar. Pelo que entendi, você escreveu como se fosse a pessoa do texto, a personagem, estou errado?

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    1. Olá Stenio! Você não está errado. Escrevi em primeira pessoa, na tentativa de expressar o sentimento da personagem, que é a pessoa cuidadora de outra, que é portadora da doença de Alzheimer. O cuidador sofre tanto ou até mais que o portador da doença, por isso eu quis dar voz a essa personagem. Como escrevi ao final do texto, estou envolvida emocionalmente com esse cenário, pois são meus pais os protagonistas dessa história, mas sei que são muitos espalhados pelo mundo afora e certamente muitas pessoas se identificarão com esse relato. A você, obrigada pelo comentário. Grande abraço!

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