domingo, 12 de maio de 2013

Coração de mãe não se engana



Tô sentindo um cheirinho de mãe no ar ...
Cheirinho de flor ... Cheirinho de amor!
Coração de mãe não se engana!
Isso não é só um ditado popular, é a mais pura verdade.
Toda mãe sabe (e sente!) quando o filho está feliz, quando sofre, quando está triste, zangado, apreensivo...
E é assim que acontece...
Quando o filho está triste, a mamãe sofre inevitavelmente.
Por outro lado, quando o filho está feliz...





 a mamãe irradia alegria por todos os poros.
Toda mãe tem um sexto sentido aguçado, uma intuição muito forte, por isso não é prudente duvidar ou ignorar os conselhos de mãe ...
Devo dizer que algumas mamães são até um pouco exageradas, neuróticas, preocupadas demais.
Será que sou assim??? Será???
Acho que devo ser, sim. Ah, mas isso não faz mal ... afinal, é só um pouquinho!

Recentemente li o livro "O homem Que Ouve Cavalos" (já falei isso pra você em outro dia) e achei muito interessante quando Monty Roberts afirmou que, ao iniciar a doma, ele consegue sincronizar os batimentos cardíacos dele com os do cavalo.Quanto eles entram nessa sintonia, a magia acontece e a comunicação entre eles flui perfeitamente.

Guardadas as devidas proporções, acho que

o coração da mãe deve ter um "link" 

com o coração dos filhos. 


Não tem como ser de outro jeito!
Pode prestar atenção, mesmo quando mãe e filho têm personalidades bem diferentes, mesmo quando estão distantes, mesmo quando estão separados, acontece uma comunicação assim, capaz de atravessar as mais longas distâncias, suplantar todas a diferenças captar e transmitir uma infinidade de sentimentos.

A cada dia que passa, sinto-me cada vez mais parecida com a minha mãe, talvez não fisicamente, mas no jeito de ser. Por isso, sou absolutamente grudadinha a ela!
Gostamos das mesmas coisas, dos mesmos sapatos, roupas, adereços, coisas para a casa, decoração, etc. Para mim é muito fácil comprar um presente para ela. Posso dizer que estou beirando os 100 % de acerto!
Não tenho o dom para pintar, nem para costurar como ela, mas me arrisco em muitos trabalhos artesanais que com ela aprendi.
Foi ela quem fez o meu vestido de noiva, que guardo com carinho até hoje!
Os meus dotes culinários também aprendi com ela. Embora ela sempre tenha afirmado que cozinhar não é a sua atividade predileta, é inegável o seu talento para fazer comidinhas gostosas.
Como se tudo isso não bastasse, ela ainda é extremamente cuidadosa, organizada, zelosa, dedicada, carinhosa, inteligente, linda, uma super-mãe!
Passaria horas aqui descrevendo todas as virtudes que ela tem...
Amo de paixão!


Mãe é uma espécie de anjo, 

travesseiro fofinho e porto seguro 

ao mesmo tempo.


É bem verdade que os nove meses em que o bebê permanece guardadinho na barriga da mãe favorecem essa cumplicidade entre mãe e filho, mas esses laços vão muito além do sangue ... Entretanto, penso que os filhos que são escolhidos pelo coração (os chamados filhos adotivos) trazem raízes tão ou mais profundas, talvez até de outras vidas. Eu acredito!

Mesmo com toda inexperiência e insegurança, uma  mamãe de primeira viagem já sente algo bem diferente logo que " a sementinha" começa a germinar.
Algumas recebem sinais até bem fortes, pois são agraciadas com enjoos, náuseas, tonturas...
Eu nem precisei disso!
Outras têm a confirmação de que algo está para chegar mediante algumas mudanças físicas básicas: sono exagerado, seios enormes e sensíveis, ausência de um tal líquido vermelho após a quarta semana do calendário, além de muita, muita fome.

Nos primeiros dias de vida do bebê, parece até que os equipamentos sensoriais da  mamãe são postos à prova.Não é fácil decifrar as dezenas de possibilidades que estão por trás do choro do bebê e suas variações: fome, sono, fralda alterada com o nº 1 ou nº 2, dengo, cólica, frio, calor, saudade, soluço e por aí vai ...
Mas... e quem disse que a mamãe vacila nessa tarefa? De jeito nenhum!
Rapidamente a mamãe aprende a ser mãe: capta as regrinhas do jogo e vira "expert" no quesito interpretação.
E aí, quando vem essa sintonia, a relação corre solta, fácil, e as palavras são meras coadjuvantes. Um olhar basta. Só love, só love!
Lembra do que mencionei antes sobre a sintonia de que Monty Roberts aborda no livro ? É mais ou menos por aí ...

Entretanto, não há só flores no caminho das mamães nem dos filhos...
O medo, a incerteza, a culpa são companheiros de viagem de toda mamãe, quer ela esteja nos primeiros dias dessa jornada ou já seja uma experiente vovó.
Existe o medo de não conseguir dar conta do recado, honrando o compromisso com a educação e a formação dessa pessoinha que está sob sua responsabilidade.
O medo de "faltar" quando os filhos mais precisarem...
Há também dúvidas ou incertezas quanto à conduta correta a seguir, como agir em determinadas situações, e a incógnita do que será amanhã.
Assim, a mamãe vai aprendendo a ser mãe no dia-a-dia, com as exigências do mundo e suas inúmeras surpresas e ameaças.

Aí, aparece a culpa... 
Ah, a culpa! Culpa por não conseguir preencher 199 % dos espaços que envolvem os filhos.
Como se diz hoje em dia, 100 % é para os fracos!
Ser 100 % mãe já é meta de todas as mamães do mundo. Logo, qualquer mãe quer se superar, quer saber de tudo que diz respeito ao filho, participar de tudo, tomar conta de tudo. 
Considerando que o ritmo de vida não é muito fácil (sobre isso já estivemos conversando aqui no blog no post sobre "Nós mulheres), a mamãe sente-se culpada...

  • por não ter comparecido à reunião da escola, 
  • por não estar em casa quando o primeiro dentinho surgiu, 
  • por ter chegado em casa tarde e não ter contado a historinha para o filhote dormir, 
  • por não ter conseguindo chegar a tempo da prova final do torneio de natação, 
  • por não ter sido o ombro amigo na primeira desilusão amorosa, 
  • por não poder aplacar a frustração do filho não ter sido bem sucedido no teste ou 
  • por não ter conseguido aquele emprego tão almejado.

Mesmo assim, a mamãe está sempre ali, presente, dando força, amenizando o sofrimento e apoiando para uma nova batalha.

Diz-se por aí: "Ser mãe é padecer no paraíso".
É que as mães costumam sofrer com as ausências dos seus filhos...
Pode ser uma ausência de segundos ou minutos, como por exemplo, deixar o bebê no quarto enquanto vai ao banheiro ou à cozinha. Basta voltar ao quarto e  a mamãe vai logo verificar se o bebê está respirando. Essa cena é famosa no mundo das mamãe ...
E o que dizer quando a ausência é de algumas horinhas?  
Pois é, quando a mamãe volta a trabalhar e deixa o bebê em casa ou na creche pela primeira vez, acontece literalmente outro "parto"! Parece que tem um pacote pronto dentro do peito, amarrando de uma só vez coração, estômago, pulmão, útero, tudo junto. Que aperto, viu!

Comigo foi assim...
Quando voltei a trabalhar, não havia uma só tela do meu computador lá no trabalho que não estivesse intercalada com uma imagem de  uma pessoinha adorável, com um sorriso banguela... dava até para sentir um cheirinho de talco e ouvir aquele chorinho de dengo. 
Você deve estar imaginando que eu coloquei uma foto na minha mesa de trabalho, né? Nada disso! 
Era um filme, que estava passando na minha cabeça e, coincidentemente, tinha o mesmo nome do meu filho. 
Nem sei quantas vezes liguei para casa naqueles dias e nem quantas vezes consultei o relógio para constatar que o ponteiro estava paradinho da silva. O tempo parecia não passar. 
Estava ansiosa para voltar pra casa! Ah, meu Deus! Como foi difícil!
Bem, a melhor parte dessa história  foi voltar pra casa e encontrar aqueles dois olhinhos (cheinhos de sono) me esperando para dormir. E não mais de 5 minutos foram necessários para que ele adormecesse em meus braços.
Foi só sentir meu cheiro, minha presença e zzzzzzz...
Isso sim, não tem preço!

Essa coisa de "ser mãe" muda tudo!


A gente passa a ver o mundo de uma forma diferente. Ponto.
Lembro de uma cena ... Eu estava deixando a maternidade e voltando para casa, depois de dois dias que meu primeiro filho havia nascido...
Com o meu pequeno Diego nos braços, eu  olhava a paisagem pela janela do carro e achava tudo estranho, tudo extremamente colorido, como se há muito tempo eu não passasse por aquelas ruas. Olhava as pessoas e queria que elas olhassem para mim, talvez buscando ouvir delas uma constatação: "Olá, como você está diferente! Agora você é mãe!"


Por volta de 1999 ou 2000, não lembro bem a data, escrevi um poema em homenagem ao meu segundo filho, Danillo.
Revirando novamente minha caixinha de lembranças, encontrei-o e gostaria de compartilhar com você, pois retrata exatamente essa  minha visão colorida e apaixonada do que é ser mãe.

Jóia do Nilo

Por Ildete Medeiros




Toda jóia que se preza merece ter um dono de estimação.


Ou seria ao contrário?


Não importa a ordem, mas, sobretudo, a essência,


a intensidade de amor,


o laço que une mãe e bebê.


Intensidade esta que começa com o próprio sangue. 


É aí que a jóia se reveste de vermelho do mais puro rubi. 


Eis um solitário duplo de alma essencialmente vermelha.


Com o passar do tempo, alguns meses mais,

corta-se o cordão. 

O vermelho de antes, agora se mescla,

clareia e deixa surgir um apaixonante

diamante cor-de-rosa;

aparentemente ainda bruto,

mas resultante de uma especial lapidação,

que já tem crivos únicos e jamais removíveis.

São momentos de descoberta, onde,

por entre tons e sobretons róseos,

uma relação de amor se desenha. 

E é assim que o solitário de antes,

agora torna-se um pingente coração,

sempre grudado ao peito da mãe.

Não adiantaria parar o tempo.

A transformação é contínua.

Basta fechar e abrir os olhos para vislumbrar

 o azul-turquesa que se mostra aos poucos.

Dono de si, confiante e espontâneo,

ele quebra barreiras e, imponente como o mar,

vai conquistando seu espaço com suas próprias forças.

Que azul tão límpido!

Inocente brilho que por vezes chega

a ofuscar a plenitude celeste,

como safiras que gotejam e encantam o anoitecer. 

Jóia rara de se ver!

Logo chega a razão.

A infância ainda presente,

agora de verde se encobre. 

A semente de outrora agora cresce

e encanta a todos com seu viço. 

A sabedoria e a inteligência desabrocham,

como a mais verde das esmeraldas.

Maravilha de Deus!

Que cada vez mais se purifique o verde,

para que tenhas uma consciência clara,

sadia e transparente como o cristal.

Que assim seja o meu desejo: 

um misto de todas as cores,

um colar de todas as pedras. 

Tão essencial quanto a Jóia do Nilo,

és a minha jóia, Danillo.

********



O tempo passa, muitas experiências se acumulam, porém novas vivências se aproximam, sensações e sentimentos novinhos em folha.
É que a vida anda pra frente e assim vai desbravando novos caminhos ...
Bem, a julgar pelo tamanho dos pezinhos (hahahahaha), devo dizer que meus bebês já estão bem crescidinhos, contudo continuam habitando quarto, sala e cozinha do meu coração e assim será, sempre!


Coração de mãe não se engana!


Da esquerda para  a direita: Diego, Danillo e eu!
Tô bem servida de jóias, não é mesmo?

Gosto sempre de utilizar canções para ilustrar a emoção que estou querendo transmitir.
A canção " Vem ficar comigo", composta por Nando Cordel e Dominguinhos é perfeita para este momento!
Acho que você vai concordar comigo.


Um excelente dia do amor às mães para você!



Se você curtiu, compartilhe, 
envie para sua mãe ou para as mamães que fazem parte da sua vida.
Beijos



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8 comentários:

  1. Fato ,coraçao de mãe naõ se engana, a minha relaçao com os meus filhos é muito assim, chego a perde o folego,sinto na hora. um bj

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    1. Obrigada por compartilhar suas emoções aqui comigo, Cristina! Amor de mãe é algo muito forte, mesmo! abraços!

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  2. Eita cunhada...esse texto mexeu muito comigo. Um desejo realizado, ser MÃE, um amor inexplicável, um sentimento que não tem igual. O cheiro, o toque, o choro, o sorriso, as gritarias são todos diferentes, tem outro sentido..Eu fui privilegiada, pois não tenho so minhas duas filhas, tenho outros filhos de coração...sim outros que tenho um amor de mãe, que peguei no seus primeiros dias de vida....A mente ta bem carregadas de palavras e sentimentos, mas a emoção não esta permitindo terminar. Bjs Zeilda.

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    1. Minha querida, conhecendo você como eu conheço, não é difícil acreditar que realmente rolou a emoção enquanto você leu o texto que escrevi. Sabe por quê? Porque aí dentro de você,mora um coração gigante, 100 % mãezona,que não cabe em si e por isso se derrama, espalhando amor para todos os lados, e o cordão da filharada só aumenta( para nossa alegria!!!!). Obrigada por ser exatamente assim! Obrigada pelo carinho. bjs

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  3. Lindo, Ildete, mãe ama demais mesmo, ninguém ama mais do que uma mãe; só sendo avó para ver que amor!!! É o filho do seu filho, que vc adora tanto. É algo encantador, é amor com muito açúcar mesmo. É puro, sem muito compromisso, sem muito controle, é um amor que não exige nada em troca. Beijos!!!

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    1. Nilva, entendo perfeitamente. As avós são mesmo adoráveis ... Ácho que vão acumulando doçura como passar dos anos e ´por isso são gostosinhas demais! Beijão pra vc!

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  4. Quando eu descobri que estava grávida da minha primeira filha, Lola, lá pelos idos e mil novecentos e bolinha, minha primeira reação foi correr prá casa da minha mãe. Chegando lá eu me calei - achei que meu "Marildo" merecia ser o primeiro a saber da grande notícia... O engraçado é que, mesmo antes da confirmação da gravidez, eu estava com uma vontade louca de comer nhoque - mas trabalhava, fazia faculdade, não arrumava tempo de preparar nem um pratinho prá matar minha vontade. Quando eu cheguei na casa da minha velha, senti do portão aquele cheiro incrível do molho dela e, quando eu entrei, ela disse que tinha feito o nhoque pensando em mim - com pimentão no molho, do jeito que eu gosto... Coração de mãe chega até a assustar, às vezes...

    Beijos e Feliz Dia das Mães!

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    1. Querida, Rosa! Prazer em recebê-la aqui!!!! O que você relatou é a mais pura verdade,toda mãe tem uma sintonia tão sofisticada, que dá medo! kkkkk Como eu costumo dizer dizer, as mães devem ter um certo canal direto, exclusivo e super sigiloso com os moradores lá de cima, que lhes permitem certas "informações privilegiadas".... kkkkk Beijao pra vc e ótimo dia das mães!

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