terça-feira, 23 de junho de 2015

Junho pernambucano, visse?


Quando junho começa, o nordeste se assanha! Toda cidade se enfeita com bandeirolas coloridas, balõezinhos e um certo ar interiorano. Até mesmo a capital se deixa levar pela “matutice” e simplicidade dos quintais de chão batido desde os tempos de nossos avós. O clima já fica mais ameno, porque, todo final de tarde, sempre ... 




cai uma chuvinha. Chuva que faz maturar o milho, que, ainda no roçado, está esperando mais alguns dias para ser colhido e transformado em iguarias para festejar os santos da época:

Antonio, João e Pedro. 



Sem exagero algum, eu diria que são delícias para agradar a todos os santos e quem mais estiver lá em cima ...  É bom demais!

"Chão batido de chuvinha, só pra ver suas perninhas,

Suas perninhas grossas, dançar São João na roça ..."



Olhinhos de Fogueira - Mastruz com Leite


O calorão que até maio incomodava dias e noites, agora dá lugar a um clima mais agradável, eu diria até mais friozinho.
Mas, antes que você se assuste, ou me chame de mentirosa, deixe-me explicar: aqui, basta a temperatura beirar os 22 graus que a gente tira logo o casaco do armário pra se agasalhar! Esse é o nosso frio! Essa é a nossa temporada de inverno!


Agora, falando sério, lá no interior, tem cidades como Caruaru, Gravatá, Garanhuns, Arcoverde, Pesqueira, Triunfo, onde as temperaturas ficam um pouco mais baixas no inverno, especialmente nos meses de junho e julho.  Triunfo está situada a 1004 m de altitude, por isso é a cidade mais fria de Pernambuco. Lá você vai encontrar temperaturas entre 12 e 15 graus. Estive lá em janeiro, bem longe do inverno,  e ainda peguei um friozinho na madrugada, acho que em torno de 15 graus. Uma delícia!



Mandacaru do meu jardim




Xote das Meninas - Luiz Gonzaga e Zé Dantas
Voz de Gilberto Gil


Na época dos festejos juninos, é como se as coisas, objetos e costumes lá do interior ganhassem um brilho especial: o jeito de falar, as comidinhas tão saborosas, as saias rodadas de chita, cheias de babados, rendas, as camisas estampadas em xadrez, os chapéus de palha,  o cancioneiro tão vasto, recheados de belos poemas, versos simples, cotidiano fotografado e transformado em palavras cantadas. 
Dançar agarradinho é a melhor coisa a se fazer. Não há com o que se preocupar. Se não sabe, é muito fácil aprender!  O forró é pra lá de contagiante, é pra toda gente.



E não foi assim que tudo começou? Dizem que do inglês mal pronunciado, o que era FOR ALL (para todos), se tornou FORRÓ! 
Não sabia? Pois é! Chega a ser engraçado, mas faz todo sentido, né?
O forró é um ritmo alegre, marcado basicamente pelos acordes “chorosos” da sanfona, a cadência da zabumba e o barulhinho faceiro do triângulo: 

“tengo-lengo-tengo, lengo-tengo”



A Morte do Vaqueiro - Luiz Gonzaga

Os passos são repetidos, equilibrados, e vão de um lado para o outro, provocando o barulho dos chinelos que se arrastam para completar a cena, o velho “chiado da chinela”. Para cair na dança, é só deixar seguir a batida do coração:  

“Oi, tum-tum, bate coração” 



Bate Coração - Elba Ramalho


O cheiro de terra molhada vai buscar lembranças da infância de muitos de nós.
No meu caso, ainda faz questão de levantar o aroma das generosas folhas de eucalipto que perfumavam todo o arraial, com o simples passa-passa dos forrozeiros de plantão e também da criançada agitada e saltitante durante a apresentação das quadrilhas matutas e dancinhas de roda. Por essas e outras, adoro o cheirinho de eucalipto!

Falando seriamente, colocando toda modéstia à parte, nossas festas juninas são preciosas demais, minha gente!
Uma mistura de dar gosto: música boa, comidas maravilhosas, tradições culturais, religiosidade e fé, tudo junto e misturado. São ensinamentos e costumes que têm sido passados fielmente de geração em geração.

Tem como dar errado? Tem como não ser bom?





Com o passar do tempo, há mudanças, é claro! A tecnologia vai se instalando e modernizando algumas coisas, para a festa ficar mais bonita, para acomodar mais pessoas, para receber mais visitantes, mas a essência se perpetua. Isso é o que importa!
Para você ter uma ideia, os arraiais de cidadezinhas interioranas são reproduzidos nos grandes centros urbanos, mesmo que de forma cenográfica com muita criatividade e realismo. Só isso já faz a gente se transportar para o interior, lá longe. É o São João na capitá!
Assim, mesmo que você esteja na capital, facilmente você poderá ver casas de taipa (aquelas cujas paredes são feitas de barro), fogões à lenha, panelas de barro, quartinhas cabaças, candeeiros...
Estou falando grego pra você? 

Enquanto você não chega, para ver tudo isso de perto, vou fazendo alguns registros ...

Bem, o povo nordestino é bastante religioso e as tradições católicas estão profundamente arraigadas no coração e na expressão cultural do nosso povo.
Os santos não estão apenas lá no altar da igreja ou no santuário da cidade. Ao contrário, estão dentro das casas dos fiéis e são companheiros de todas as horas: nos momentos de tristeza, sofrimento e penúria, mas também nos momentos alegres e festivos.
A fé ajuda o povo sertanejo a sobreviver e superar os momentos de dificuldade.
Assim, não é difícil entender as homenagens prestadas a eles, especialmente no mês de junho, que acolhe três santos muito queridos:


Santo Antonio, é o famoso santo casamenteiro, e segundo as crenças populares, o santo dá uma certa ajudinha às moças solteiras do pedaço e, de certo modo, colabora para a proliferação das famílias. Por uma causa tão nobre, vale fazer orações, oferendas, promessas e, para conferir se as orações estão indo na direção certa, é comum ver a mulherada se esbaldando nas famosas adivinhações, que são espécies de simpatias, quase sempre originais e  engraçadas, tudo isso só pra saber se o namorado (futuro marido) já está a caminho. Olha só um pequena amostra:




  • Amarrar um fio numa aliança. colocar em cima de um copo d'água e contar quantas vezes ela vai balançar, sem mexer a mão. O resultado será o número de anos que a pessoa vai demorar para casar.
  • Pegar uma vela acesa e deixar que ela derreta pingando em cima de um prato com água. A inicial que se formar será a do nome do futuro marido.
  • Colocar uma faca no tronco de uma bananeira e só retirar no outro dia. Olhar as marcas e interpretar o desenho que fica na faca para descobrir o nome do futuro noivo.



São João é um dos santos mais festejados, é o centro das atenções. No dia dedicado a ele, 24 de junho, a fogueira não pode faltar, é um dos símbolos mais importantes, pois, segundo a crença popular, uma fogueira teria sido acesa  para anunciar o nascimento dele, nas montanhas da Judéia.
Dizem também que ele é dorminhoco ... mas isso eu não sei se é verdade! kkkkk
Na festa de São João, é tradição utilizar fogos de artifício, balões, bandeirolas no arraial, comidinhas deliciosas de milho e muito forró para animar as quadrilhas juninas. 
A quadrilha é sempre um espetáculo à parte. Uma dança coletiva, com passos cadenciados, ensaiados, às vezes até coreografados, mas extremamente democrática e divertida, quando improvisada.



Quando eu era criança (lá vem história!!), eu participava de várias grupos com o intuito de dançar quadrilha na escola e também no bairro em que eu morava. Começávamos a organizar e a ensaiar com meses de antecedência. Só isso já era uma farra! Era um tal de trocar de par. Hoje ensaia com um, amanhã dança com outro. O de ontem sabia dançar, o de hoje parece um cabo de vassoura... kkkk
Até chegar o dia de São João, ensaiávamos incansavelmente durante horas. Durante a apresentação, vários passos vão dando forma e movimento ao grupo. Cada novo passo é comandado no grito.
Calma! Eu explico!
É que sempre tem uma pessoa que organiza a quadrilha e dá os comandos quando é a hora de mudar de um passo para o outro. Essa pessoa, chamada de “marcador”, anima o grupo e tem que ter voz forte, porque não é fácil ficar o tempo inteiro “gritando” , de forma que todos ouçam, mesmo com o som do forró a mais de mil ...
Agora você imagina o que acontece, quando, durante a dança, os pares vão prá lá e pra cá e acabam se separando? Até que se encontrem novamente, será preciso percorrer todos os outros integrantes do grupo, de mão em mão, de braço em braço, até chegar de novo no seu próprio par. Quando isso dá errado, vira uma salada, e claro, é motivo para muitas gargalhadas. Diversão na certa!
Entre os integrantes da quadrilha não podem faltar os noivos, os pais da noiva, o padre e o delegado, personagens de uma cerimônia de casamento, eu diria, quase sempre tumultuada, pois o noivo sempre apresenta pouca disposição de assumir uma nova responsabilidade na vida. Daí a razão de ter sempre por perto os pais da noiva e o delegado, que vão garantir a adesão do noivo a todo custo, por livre e espontânea pressão, além disso, o padre precisa ser muito rápido e eficaz para sacramentar a união, antes que o “miserável” do noivo desista, mas pra isso,  todo santo ajuda, não é mesmo?
A noivinha, sempre muito quietinha e singela, não dispensa o vestido branco, mesmo que a barriga já esteja um pouco crescidinha ou as gordurinhas estejam alojadas em locais indesejados, e mantém-se sempre fiel ao seu propósito de laçar o noivo, já que está à beira de realizar o sonho, conforme orações já dirigidas a Santo Antonio anteriormente.
A rainha do milho é a rainha da festa e, por isso, costuma ostentar vestes representativas de sua riqueza:  milho (cor de ouro), e ainda usa coroa, faixa e cetro. Tudo muito chique, pra festa ficar mais bonita ainda! Na escola, a disputa entre candidatas à Rainha do Milho, virava  em verdadeira competição. Cada turma tinha sua própria candidata, que vendia votos e comidinhas na cantina da escola pra ver quem conseguiria arrecadar mais dinheiro. O valor arrecadado serviria para custear a festa junina.
Já fui noivinha e quase rainha do milho. Na verdade, fui princesa do milho, cheguei quase lá! Pensa que eu tava preocupada com isso? Tava nem aí! Queria mesmo era brincar... queria mesmo era dançar! Sonhava com o dia da festa! Sonhava em usar o vestido novo, com rendas, babados e bicos! Sonhava em não errar o passo!
onhava em encontrar meu amor (que na época era somente uma paquera, e na quadrilha, era o padre, mas que anos depois seria o meu noivo de verdade).

Casando com meu primo! kkkk

Aqui recebendo a faixa de Princesa do Milho!





São Pedro também é um santo muito querido. Segundo as crenças populares, é dele a responsabilidade de guardar as portas do céu (ele é o guardião das chaves) e ainda cuida de distribuir as chuvas para amenizar o calor e molhar a plantação (tão solicitadas pelo povo sertanejo).  Só por esse motivo já dá pra ver que ele é muito importante, né?
Mas, de acordo com a tradição católica, São Pedro foi o líder dos apóstolos, tendo criado a comunidade cristã de Roma, vindo a se tornar o primeiro papa da Igreja Católica. No dia 29 de junho, data dedicada a São Pedro, oficialmente os folguedos juninos se encerram, mas apenas oficialmente, porque a festa normalmente se arrasta até os primeiros dias de julho. 
E quem disse que o povo quer parar de forrozar?

E por falar em forró, no cancioneiro, o velho “forró pé de serra” resiste ao tempo. 
São canções tradicionais que revelam o velho estilo de vida do povo sertanejo, falam de seca, fome, miséria, mas também falam de amor, saudade, ciúme, bravura, natureza e religiosidade. O maior expoente desse estilo, claro, é o saudoso Luiz Gonzaga, que por si só é a cara de todo nordeste , assim como o mestre Dominguinhos, que durante alguns anos ocupou um pouco do vazio deixado por Gonzagão, mas que em julho/2013 foi juntar-se a ele lá no céu.




Isso aqui tá bom demais - Dominguinhos


Casadinhos com o forró, há também outros ritmos: xote, coco, xaxado, baião ...
Todos eles contagiantes.
Você já deve ter visto um post que fiz sobre o mestre Gonzaga aqui no blog, mas se não viu ainda, é só dar uma espiadinha AQUI!



Karolina com K - Luiz Gonzaga

Felizmente, há muitos muitos seguidores do mestre Gonzaga espalhados pelo nordeste inteiro, e assim o forró vai se perpetuando.
Dia após dia, surgem novos apaixonados pelo forró. São exemplos de várias gerações de forrozeiros: Trio Nordestino, Fagner, Maciel Melo, Petrúcio Amorim, Flávio José, Santana, Jorge de Altinho, Biliu de Campina, Alcymar Monteiro, Elba Ramalho, Cezinha, Cristina Amaral, Nando Cordel ... tanta gente boa que não conseguiria citar todos!

Paralelamente, surgiram muitas bandas de forró, trazendo o estilo chamado “forró universitário”, que tem uma levada mais agitadinha e estão impregnadas pelo frescor dos novos talentos.
Garotos bonitões, saradões, usando calças jeans apertadinhas, camisas xadrex prá lá de estilosas e até cabelos compridos.
As garotas, cantoras arretadas, normalmente  possuem vozeirões marcantes, atraem olhares também pelos cabelões, cinturas marcadas e pernas de fora.
É o forró dos novos tempos!
Ao final das contas, adicionaram outros instrumentos ao trio instrumental original e modernizaram o forró. Alguns bandas,  certamente, você já deve ter ouvido falar pois arrastam multidões por onde passam: Mastruz com Leite, Capim com Mel, Magníficos, Limão com Mel, Fala Mansa, Caviar com Rapadura, Aviões do forró, Cavaleiros do Forró, Garota Safada, Saia Rodada,  Calcinha Preta ... e tantas outras.



Xote dos Milagres - Fala Mansa


Agora, para melhorar nosso papo, vamos falar de comida ...
No reino do milho, a mesa fica sempre amarelinha de coisas gostosas. Comida cheirosa e saborosa pra ninguém botar defeito. Tem comida salgada e doce também. Comida boa que implora por um bom café (mas há quem prefira esquentar as orelhas com uma cervejinha ou até com um cachaça branquinha)... Tudo isso, consumido de forma responsável e moderada, certamente rende muita energia e vitalidade para forrozar até o sol raiar. 

O preparo dessas gostosuras nem sempre é simples. 
O bom e velho cuscuz é a exceção! Bastam 5 minutinhos e o cuscuz está prontinho pra servir, graças aos flocos de milho pré-cozido que são facilmente encontrados no mercado. 

Entretanto,  preparar uma autêntica canjica (curau) ou pamonha não é tão simples assim. Requer um certo cuidado, bastante tempo e segredinhos que vêm sendo passados de geração em geração.

Bom mesmo é colher o milho no quintal, na roça, e em seguida seguir para o preparo. Mas eu bem sei que nem todo mundo tem esse privilégio ... Mas, falar a verdade é bom e eu gosto: com o milho recém-colhido a gente sente a diferença no sabor... 
O milho fica bem docinho! 
Pra comer assado na brasa da fogueira é uma delícia! 
Pra cozinhar na panela de barro, enroladinho na própria palha, é de comer rezando!



Já andei me aventurando nesses quitutes algumas vezes, sempre sob a supervisão da minha mãe, pois, para mim, ela é que é "A especialista" no assunto ... 
Se quer saber mais detalhes sobre a minha aventura, dá uma conferida AQUI na página dos meus feitiços culinários.

Como eu ia dizendo, aprendi com a minha avó e com a minha mãe algumas dicas e segredinhos ...




  • A boa canjica não pode ser feita com milho muito verde, porque isso pode comprometer ( e muito) o sabor. A canjica fica com gosto de sabão! Por isso, bom mesmo é utilizar milho maduro, no ponto, ou seja, não muito verde, não muito seco. 
  • Outro segredinho é o leite de coco a ser adicionado à mistura, que deve ser extraído do coco natural pouco antes do preparo. O leite de coco de caixinha, que é vendido no mercado, é muito prático, mas não têm o mesmo sabor do coco natural.  
  • Sendo assim,  depois de ralar o milho,  triturar, liquidificar e extrair o suco,vem a fase do  peneira daqui, peneira de lá, e depois é chegada a hora de levar a canjica ao fogo e mexer.  Pelo menos uma hora de fervura, é o que sempre dura essa tarefa lá em casa. Quer um conselho? Prepare as pernas pra ficar de pé, ao lado do fogão, mexendo sem parar!  
  • Como o caldo engrossa rápido e o calor do fogo é muito grande, é comum algumas bolhas saltarem e atingirem o braço ou a mão de quem mexe a canjica. Eu tenho várias marcas dessas queimaduras ... Essa parte não é nada agradável, né?   Por isso, como precaução, é recomendável  usar luvas de proteção. 
  • Finalmente, depois de aproximadamente, uma hora, mexendo pra lá e pra cá, a canjica vai ganhando uma nova consistência e tende a ir desgrudando da panela, assim como acontece com o nosso tão conhecido ponto de brigadeiro... 
É hora de retirar do fogo, botar nas travessas e levar à mesa. Pode ser servida ainda quente, mas também pode ser consumida fria ou até mesmo gelada. 
Para mim, é deliciosa de qualquer jeito!




Bolo de milho também é uma delícia. Tem aqueles mais refinados, que são feitos com a farinha de milho peneirada, mas tem também aqueles mais molhadinhos, onde são usados os grãos de milho ligeiramente triturados e que liberam aquele caldinho suculento, que faz toda diferença. Hummm!

Fazer pamonha, não é bem a minha praia. Sou "expert" apenas em saboreá-las! 
Mas, pelo que aprendi com a minha avó, a pamonha deve ser feita com o milho um pouco mais verde que o da canjica, porém existe toda uma “ciência” para acertar o ponto da massa (pra não ficar nem muito fina, nem muito grossa), justamente porque vai ser “empacotada” nas forminhas feitas com as próprias palhas do milho e elas não devem estourar na hora do cozimento, para que o conteúdo não derrame.
Minha avó fazia uma espécie de saquinho com as palhas do milho, costurando-as na velha máquina de costura dela. Isso mesmo, as palhas eram costuradinhas da silva! 
As pamonhas que vejo por aí no mercado,  não têm costura, têm apenas dobraduras, o que me faz crer que são infinitamente mais difíceis de fazer. 
Eu não me atrevo a fazer, mas adoro comê-las... É tão mais fácil, né?

Mais fácil mesmo é a Pamonha de Forno, que bate tudo no liquidificador: milho, ovos, leite condensado, creme de leite, queijo ralado e coco, e leva ao forno num refratário... Depois é só esperar assar e ficar com a superfície dourada. Pronto! 
É chegada a hora de se deliciar!




Dito isso, você precisa conhecer tudo isso de perto e não basta ficar apenas lendo ou assistindo aos noticiários, nem apenas visitando os museus ...
Tem que conhecer o nordeste e visitar nossas cidades do interior, de preferência no período junino e ver toda essa festança acontecer. É de arrepiar!

O que está esperando? 

Vai ficar de fora mais um ano?


Espero que tenha gostado do nosso "passeio na roça" e esteja à vontade para tecer comentários e deixar sua opinião. Vou amar ler os seus recadinhos.

Agora, deixa eu confidenciar uma coisinha pra você:
vou ali forrozar e volto já!
Grande beijo pra você!



Confidências - Jorge de Altinho e Petrúcio Amorim



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6 comentários:

  1. Detinha, adorei a matéria do São João.
    Eu também gosto muito das delícias do milho e das receitas citadas, uma que gosto muito é  da pamonha de forno.
    Contudo, um milho verde colhido e cozido no mesmo dia tem sabor incomparável.
    Das simpatias citadas eu conhecia algumas, porém,  não me lembrava mais dos detalhes.
    Lembrei que lá no interior do Maranhão tinha também o afilhado  de fogueira. Vc assumir ser padrinho  de alguém apenas segurando a mão do interessado em cima de um monte de brasa. Kkk
    Seus textos são muitos bons!! Parabéns!
    Vida longa ao Blog
    PIRES
    Beijao

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    1. Pires, o nordeste é muito rico quando se trata de manifestações culturais e folclore, não é mesmo? A cada hora vou lembrando de mais um detalhe, mas, se eu for acrescentar tudo que lembro ao texto, vai ficar enorme!!! Assim, é melhor guardar para os próximos ... Essa história de afilhado de fogueira, eu não conhecia muito bem. Lembro que compadres e comadres eram figuras conhecidas no meio das festas juninas, mas não sabia que se chegava a "sacramentar" esse batismo na fogueira .... kkkkk Obrigada pela contribuição e pelo carinho, grande amigo!

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  2. Morria e não sabia que forró veio do inglês!!! Blog tb é cultura. Adorei o passeio pelos festejos juninos. Deu vontade de voltar uns dias e começar todo o forrobodó de novo!!! Rsrs

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    1. Agora ficou sabidinha,não foi Carolinda? kkkkk Pois é, aprendi isso desde muito cedo e achei bem interessante. A cultura tem dessas surpresinhas... Aproveite que deu vontade e venha logo pra cá aproveitar a nossa farra! Beijos

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  3. Que delícia de post, não só por falar das minhas festas favoritas, como pelas dicas deliciosas e as sabedorias todas! Eu também amo milho recém colhido, a gente espeta o garfo nele e assa no fogo do fogão mesmo, é tão fresco e suculento, indescritível... Agora, forró vir do inglês é aquela coisa: até quando a gente se inspira nos estrangeiros, faz melhor... Igual pizza, as nossas dão de 10 a zero em qualquer uma...

    Pena que este ano não fui em nenhuma festa junina, meu marido é desanimado prá isso, não curte...

    Beijos!

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    Respostas
    1. Delícia é receber novamente sua visita aqui no blog, Rosa! Estrangeirismos à parte, essa tal de globalização é fogo!! Mania que o brasileiro tem, né? Mas olha, faz tanto tempo que ouvi essa história do FOR ALL <=> FORRÓ, que a tal da globalização ainda não era nascida ...kkkkk Vamos tirar proveito, então, do significado: forró é pra todo mundo, é pra toda gente! Beijos querida!

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